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“A resistência popular pode romper o poder hegemônico” defende deputado Edmilson em conferência

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O deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL) participou da conferência de abertura do II Encontro Regional de Engenharia e Desenvolvimento Social (EREDS) – Norte, no Centro de Convenções Benedicto Nunes da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, nesta segunda-feira, 6.

“Repensando o Desenvolvimento na Amazônia: oportunidades, desafios e soluções” foi o tema da conferência. Edmilson, que é arquiteto, Mestre em Desenvolvimento Urbano pelo NAEA/UFPA e Professor Doutor em Geografia pela USP, dividiu a mesa o Professor Doutor Francisco del Moral Hernandez, pela UNESP/FATEC; e o engenheiro Adriano Mendes, do coletivo Juntos!

Edmilson criticou a manutenção da estrutura social que objetiva, por meios perversos com a maioria da população, preservar a concentração de riqueza nas mãos de poucos, provocando desequilíbrio social e ambiental que é chamado de “desenvolvimento”. “São as classes hegemônicas, a burguesia, os oligopólios e os países dominantes que se apropriam dos recursos dos países dominantes gerando dependência econômica, social, ambiental, Cultural e científica, numa engrenagem para manter tudo como está: uma minoria que domina as riquezas contra uma maioria produtora de riquezas e expropriada do exercício pleno da cidadania”, observou.

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Autor do livro “Território e Cidadania na Globalização – Amazônia, Jardim de Águas Sedento”, Edmilson citou a construção da usina de Belo Monte no Pará como exemplo de que o poder econômico é capaz de determinar ações governamentais, como a autorização para a implantação desse grande projeto mesmo diante da desobediência da legislação vigente. “Belo Monte está inviabilizando a pesca, o modo de vida de populações ribeirinhas, expulsando indígenas de suas terras, vai destruir 4 milhões de vegetais de alto valor. Sem licença ambiental, empresas foram autorizadas a destruir em nome do desenvolvimento. O povo é tratado como mercadoria. Na cidade de Altamira, a população dobrou sem que tenha sido construída uma única escola ou unidade de saúde. A crise está instalada. Aumentou a apreensão de adolescentes envolvidos com drogas, a violência sexual como crianças e adolescentes e o desemprego.”

No entanto, ele concluiu que há uma nova racionalidade sendo construída, que luta contra o poderio hegemônico. “Há uma resistência expressa na luta do povo, dos sindicatos, das instituições e das iniciativas individuais que valoriza a humanização das relações humanas e cria condições para as mudanças estruturais que a sociedade necessita”, avaliou o deputado, que foi bastante aplaudido.

O encontro reúne estudantes dos cursos de Engenharia de toda a região Norte. O evento termina na próxima quarta-feira, 9.

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