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Ameaças ao Fundo Amazônia precisam ser esclarecidas, afirma Edmilson

Ministro do Meio Ambiente ataca Fundo Amazônia e põe em risco projetos na região.

Foto: Carolina de Oliveira

Causou perplexidade e indignação aos mantenedores do Fundo Amazônia, iniciativa criada em 2008, as acusações do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de que o Fundo Amazônia teria uma série de “irregularidades”, sem ao menos apresentar nada que comprove tais afirmações. A decalração foi dada durante coletiva na sede do Ibama, em São Paulo, onde teria dito “já se reuniu com os embaixadores destes países e que eles concordaram em realizar mudanças na gestão do Fundo.”

O Fundo Amazônia é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e tem R$ 1,9 bilhão em projetos sobre redução de emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e da degradação florestal. Noruega e Alemanha são os maiores doadores do Fundo.

A Alemanha, através de sua Embaixada no Brasil, que seria uma das maiores interessadas em qualquer mau uso de seus recursos, nega que saiba sobre o assunto em questão. “A [embaixada da] Alemanha não tem sido envolvida, nem informada sobre os resultados da análise realizada pelo MMA. Ainda nem teve conversas sobre qual mudanças em detalhes o governo brasileiro está propondo, então não podíamos formar uma opinião sobre o assunto. Nós já solicitamos encontros com o MMA para obter mais informações, mas estamos ainda aguardando uma resposta”, disse a primeira secretária da embaixada, Damaris Jenne, ao O Eco. A própria Controladoria Geral da União (CGU) nega que tenha realizado qualquer auditoria nos contratos do Fundo.

Outro mantenedor a negar ter conhecimento sobre tais irregularidades, a Noruega, responsável por 97,4% dos recursos do Fundo, publicou uma nota informando que o país está satisfeito “com a robusta estrutura de governança do Fundo Amazônia e os significativos resultados que as entidades apoiadas pelo Fundo alcançaram nos últimos 10 anos” e nega que tenha recebido alguma proposta de autoridades brasileiras para alterar a estrutura de governança ou os critérios de alocação de recursos do Fundo.

Ricardo Salles é hoje o maior inimigo do Meio Ambiente no país. Condenado por modificar mapas para favorecer empresas de mineração, sua atuação frente ao Ministério tem se resumido a destruir mecanismos de controle e proteção do Meio Ambiente. O deputado federal Edmilson Rodrigues, que é membro da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (CINDRA) pedirá esclarecimentos sobre as declarações do Ministro.

Com informações do O Eco