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Com mediação de Edmilson, é retomado diálogo entre governo e educadores em greve

A mediação do deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) possibilitou a retomada da negociação entre o governo do Estado e os servidores em greve da rede estadual de ensino, nesta sexta-feira, 25. Edmilson, que é fundador e ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp), solicitou a reunião ao secretário especial de Promoção Social, Alex Fiúza de Mello, e ao Ministério Público do Estado. A reunião ocorreu num auditório do MPE, sob a coordenação da promotora de justiça Graça Cunha.

“Cumpri o meu papel como deputado. E, como também sou professor, luto por conquistas da categoria porque a educação tem que melhorar. Não se faz boa educação sem profissionais respeitados, bem qualificados e bem remunerados. Contribuí para que se chegasse a um consenso, garantindo avanços importantes, como a constituição da comissão paritária que avaliará se o Estado tem condições de pagar a dívida de R$ 72 milhões relativo ao retroativo do piso nacional do magistério e também com a criação da comissão que vai incluir os servidores da educação, que não são professores, ao Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR)”, explicou Edmilson.

Em greve há 32 dias, os grevistas ocupam o prédio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) desde a última quarta-feira, 23, porque se negava a retomar as negociações. Na nova reunião no MPE, os sindicalistas, sob a liderança do coordenador-geral do Sintepp, Mateus Ferreira, fizeram duras críticas à promotora de justiça, que, na véspera, emitiu recomendação ao governo para efetuar o desconto dos dias parados nos contracheques dos servidores. A recomendação acirrou ainda mais os ânimos entre os grevistas.

Cunha alegou que atua com isenção e que o pedido de suspeição dela pode ser alegado junto à procuradoria-chefe do órgão. Ela se negou a rever a recomendação, alegando estar amparada em fundamentos legais. No entanto, a secretária estadual de Administração, Alice Viana, assegurou aos grevistas que o corte de ponto é uma decisão administrativa que independe de recomendação do MPE e que, portanto, o pagamento integral do salário de outubro já está assegurado na folha de pagamento do Estado.

“Nem tudo foi viabilizado, pois ainda há muita divergência, mas (na reunião) criou-se um clima favorável ao diálogo. O governo recuou da sua intransigência em não mais querer negociar, o que permite o salário pago e a reposição das aulas para não se perder o ano letivo e prejudicar ainda mais a comunidade. Não saio totalmente feliz (da reunião), mas satisfeito de ver que a negociação foi retomada com a possibilidade de conquistas concretas para os trabalhadores da educação” comemorou Edmilson.

Além de Alex Fiúza de Mello, participaram da reunião o procurador geral do Estado, Caio Trindade; e os secretários adjuntos de Ensino e de Gestão da Seduc, Licurgo Brito e Waldecir Costa.