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Deputado Edmilson enaltece 300 anos de Landi

Se estivesse vivo, o arquiteto bolonhês que criou grande parte das mais importantes obras arquitetônicas de Belém, Antonio José Landi, completaria 300 anos nesta quarta-feira, 30. O aniversário de nascimento desse artista foi lembrado pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL), na tribuna da Assembleia Legislativa do Pará.

Edmilson historiou que Landi foi enviado a Belém pelo Rei de Portugal, Dom José I, no Século XVIII, por volta de 1753, como integrante de uma das comissões enviadas pelo monarca para criar grandes obras nos territórios sob o domínio luso. Landi foi autor da Catedral Metropolitana de Belém (Sé), da Capela de São João, das Igrejas de Nossa Senhora do Carmo, de Nossa Senhora das Mercês, de Santana e de Santo Alexandre, além dos Palácios Antônio Lemos e Lauro Sodré, entre outras edificações erguidas em Belém e no interior do Estado. Landi apaixonou-sepor Belém, onde casou-se e passou o resto da vida, falecendo em 1791 aos 78 anos de idade. O legado desse arquiteto italiano tem imenso valor histórico e arquitetônico para a Amazônia.

Na tribuna, o deputado leu o manifesto da Associação Cidade Velha-Cidade Viva (CiV-Viva) sobre a ameaça de interferência naquele centro histórico que reúne valorosas obras de Landi promovida pela possível instalação de um centro logístico ao lado da Catedral da Sé. “A Cidade Velha deveria estar em festa. A bela visão que temos da Igreja da Sé, está, neste momento, correndo o risco de ser ‘ofuscada’ pelo consumismo, pois estão fazendo propostas indignas de serem levadas em consideração, para o seu entorno. Propostas estas que vão disturbar a visão do complexo arquitetônico religioso, tombado, que temos na Praça da Sé. Esta ocasião deveria servir para defender suas obras. Mas, onde estão os defensores do patrimônio histórico?”, questiona trecho do documento.

Edmilson, que na véspera apresentou um requerimento na Assembleia para a realização de audiência pública a fim de debater os impactos da eventual construção de um shopping no antigo edifício Bechara Mattar, com a participação da comunidade e de vários órgãos públicos, incluindo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel) e Ministério Público do Estado.O requerimento ainda não foi votado pelos demais deputados.

No último dia 23, a polêmica foi debatida em audiência pública do Ministério Público Federal, que contou com a participação de Edmilson, porém teve pouca representatividade do governo municipal e estadual.