Nesta quarta-feira, 2, entrará na pauta de votação da Assembleia Legislativa do Pará o projeto de lei, de iniciativa do Executivo, que garante reajuste salarial de 14% aos oficiais da Polícia Militar. O governo alega que não tem dinheiro para arcar com o mesmo percentual de aumento aos praças (soldados, cabos e sargentos), que representam 90% da categoria. Por meio de articulação do deputado Edmilson Rodrigues (PSOL), foi possível conseguir o compromisso do governo para equiparar o percentual dos praças, originalmente de 7%, ao proposto para os oficiais.
“Também foi possível viabilizar o aumento do adicional de risco de vida, dos atuais 70% para 80%. Também será formada uma comissão para que acompanhe a capacidade financeira do Estado arcar com esse pagamento ao longo de cinco anos. Será formada uma comissão com a participação das associações de militares, da Assembleia e do Dieese”, contou Edmilson, no plenário da Alepa, nesta terça-feira, 1. Ele se referia ao resultado da negociação ocorrida na véspera, entre militares e governo, que foi mediada pelo Legislativo.
O aumento diferenciado para os oficiais e praças rendeu polêmica entre o segmento. Oficiais e praças procuraram a Assembleia em massa, nos últimos dias, a fim de reivindicar direitos. “O erro estratégico do governo foi querer dividir a categoria ao priorizar os oficiais e passar o roldo nos demais”, criticou Edmilson.
“Não há mais ganho zero. Já é uma vitória”, destacou o psolista, “O governo alega falta de recurso, mas a segurança pública deve ser priorizada. Não há segurança sem policiais. Temos os piores índices de violência no mundo no Pará”, observou.
