A instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que visa apurar os contratos mantidos entre o governo do estado e a empresa Pró-Saúde para a administração de cinco hospitais públicos no Pará, voltou a ser cobrada pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL), na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira, 26. Denúncias dão conta que, no Hospital Regional de Santarém, o contrato sofreu um aditivo de R$ 60 para R$ 80 milhões, enquanto os serviços prestados, principalmente exames, foram reduzidos na média de um terço.
“São R$ 270 milhões ao ano que essa empresa está lucrando. É dinheiro que está deixando de ser aplicado na aquisição de remédios. Está o caos as redes de saúde estadual e municipal. Acabaram com o programa Saúde da Família (que fortalecia a atenção básica à saúde com acompanhamento domiciliar) e com os hospitais. O Ophir Loyola, o Abelardo Santos e o Hospital de Clínicas Gaspar Viana não estão conseguindo prestar atendimento à população”, criticou.
O pedido de CPI recebeu 18 assinaturas, portanto, quatro além das 14 exigidas pelo regimento interno da Alepa. Entretanto, os partidos com assento na Casa não indicaram os membros para que a comissão fosse instalada e nem o presidente do Poder convocou os participantes.”Está havendo um boicote”, denunciou.
