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Edmilson cobra do Judiciário o julgamento de crimes no campo

O deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) requereu imediatas providências do Judiciário Paraense para superar a impunidade dos crimes cometidos no campo. Segundo reportagem publicada no jornal Diário do Pará do último domingo, 17, quase 100 processos relacionados a crimes no campo entre 1985 e 2011 ainda aguardam soluções definitivas. Pesquisa da Comissão Pastoral da Terra (CPT) aponta que apenas 8% já foram julgados e alguns processos já se arrastam há 28 anos. O requerimento foi protocolado na Assembleia Legislativa do Pará, nesta terça-feira, 19. “É preciso agilizar para que a justiça seja finalmente feita e que os culpados, executores e mandantes paguem pelos crimes que cometeram”, defendeu. O requerimento ainda será votado em plenário.

Segundo a CPT, 93 vítimas ainda aguardam por justiça. Há acusados foragidos e processos empacados. Um dos casos mais antigos, é o a chacina da Fazenda Princesa, quando foram mortas cinco pessoas, em setembro de 1985. O caso passou por desaforamento da comarca de Marabá para Belém e os acusados nunca foram presos. No episódio conhecido como “Chacina de Goianésia”, ocorrido em 1987, o suspeito de matar dois homens e uma criança e um dos supostos mandantes morreram antes de serem julgados. Outro caso emblemático, foi a execução do sindicalista José Dutra da Costa, o Dézinho, assassinado em 2000, em Rondon do Pará. Os envolvidos foram identificados e o pistoleiro, condenado a 30 anos de prisão, mas ele fugiu da penitenciária e continua foragido, enquanto os demais acusados permanecem livres. A demora no julgamento desses crimes levou o Estado brasileiro a ser denunciado à Organização dos Estados Americanos (OEA).