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Edmilson cobra proteção a ameaçado de morte em Tomé-Açu

O deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL), representando a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Pará, e dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) cobraram proteção à vida do sindicalista e dirigente do PSOL de Tomé-Açu, Elton Carvalho, em audiência com o secretário estadual de Segurança Pública, Luís Fernandes Rocha. O delegado geral Rilmar Firmino, também participou da reunião, nesta segunda-feira, 6, na Delegacia Geral de Polícia, assim como o próprio Elton. O nome dele consta numa lista de marcados para morrer, cuja autoria é atribuída ao prefeito Marcos Vinicius de Melo Vieira (PMDB).

O prefeito e o pai dele, Carlos Antônio Vieira, foram indiciados como mandantes do assassinato do advogado Jorge Pimentel e do empresário Luciano Capácio, ocorrido naquele município, no início de março. Eles tiveram as prisões decretadas, mas estão foragidos. Estão presos pelo crime Carlos André Silva Magalhães, o “Andrezinho”, e Wellington Ribeiro Marques, o “Teco” ou “Neném”, acusados da execução; e Jorge Augusto da Silva, acusado de dar cobertura aos primeiros. Outros indiciados que estão foragidos, são Davi Paulino, também apontado como executor, e Raimundo Barros de Araújo, o “Raimundinho”, acusado de intermediar a contratação dos pistoleiros. Em 16 de janeiro, o presidente do PSOL de Tomé-Açu, André Caruaru, também foi executado naquele município.

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Professor e dirigente do PSOL de Tomé-Açu, Elton Carvalho, cujo nome consta numa lista de marcados para morrer.

Elton, que também é conselheiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), denunciou ao Ministério Público o desvio de pelo menos R$ 5 milhões do Fundeb, pela Prefeitura de Tomé-Açu, em 2012. “Ele (Elton) é uma liderança importante da Região do Baixo Tocantins. É preciso providenciar uma segurança imediata. Invadiram a casa dele no ano passado. A situação é grave”, ressaltou Edmilson. Elton estava lotado numa escola estadual próxima à casa dele, mas foi remanejado para outra escola distante, que amplia o risco de sofrer uma emboscada.

O secretário disse que a investigação do assassinato do advogado e do empresário está bastante adiantada e que está preocupado em dar um freio à impunidade nos crimes de pistolagem, mas não garantiu destacamento de efetivo para garantir a proteção de Elton, por falta de efetivo. Afirmou apenas que as rondas de viaturas serão reforçadas nos locais frequentados por ele e forneceu o telefone pessoal e das demais autoridades policiais, inclusive do delegado geral e do delegado local, para que sejam acionados a qualquer momento, quando necessário.

“Devo confiar em Deus e nas autoridades. Nunca fui ameaçado em Tomé-Açu. Eu e a minha família estamos com medo”, contou Elton. “O déficit de efetivo das polícias civil e militar evita que providência melhor seja tomada. A preocupação permanece. As autoridades serão acionadas em qualquer sinal de emergência. O Sintepp dará proteção ao Elton”, declarou Edmilson.