“Precisamos de uma política de segurança séria, que valorize os policiais”, defendeu o deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL), durante o ato público realizado pelo Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Pará (Sindpol), na manhã desta quinta-feira, 21, em frente à sede da Secretaria de Estado de Administração (Sead), na Travessa do Chaco com a Avenida Almirante Barroso. Edmilson falou à categoria do alto do trio elétrico. A categoria reúne cerca de 2,600 trabalhadores no Pará.
O deputado ressaltou a insegurança em que vivem os policiais e os familiares deles por conta do avanço da violência no Estado. Ele destacou que, além do Estado possuir os piores índices de violência, a polícia sofre com a desvalorização e o déficit de servidores.
“A Secretaria de Segurança Pública (Segup) está colocando os policiais militares para registrar os boletins de ocorrência sem que eles tenham sido preparados para isso. Eles não têm culpa. Mas um boletim mal feito pode prejudicar uma investigação e prejudicar o povo”, destacou o psolista. Edmilson lembrou sobre o concurso para delegado, que não teve todos os candidatos aprovados nomeados, e sobre a necessidade de haver novos concursos nas polícias civil e militar. “A luta está com disposição permanente. O resultado será vitória, vitória e vitória”, exaltou, sob aplausos.
O diretor jurídico do Sindpol, Pablo Farah, destacou que a categoria está em ameaça de greve. “O governo tem que ceder, pelo menos, na incorporação do abono ao salário base. Pois, cerca de R$ 540 da nossa remuneração vem na forma de abono, que perdemos com a aposentadoria”, contou Farah. Também são reivindicados o pagamento de adicional de nível superior a quem possui essa graduação, o aumento do tíquete alimentação de R$ 350 para R$ 750, a progressão funcional automática, plantões remunerados e melhores condições de trabalho.
