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Edmilson defende gestão pública da Santa Casa

O deputado estadual Edmilson Rodrigues defendeu, em audiência pública, que a Fundação Santa Casa continue tendo gestão pública após a inauguração do novo prédio hospitalar, prevista para agosto deste ano. A defesa foi feita durante audiência pública com representantes do governo, sindicatos, servidores e entidades ligadas à fundação, realizada no auditório João Batista da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). “Não podemos aceitar que o atendimento à saúde seja privatizado porque a Santa Casa é patrimônio do povo paraense e precisa continuar sendo gerido pelo poder público, mantendo-a como uma unidade hospitalar de portas abertas, e não restringindo os atendimentos, como ocorre nos hospitais públicos que são geridos por Organizações Sociais (OS)”, defendeu Edmilson. A audiência pública foi presidida pela presidente da Comissão de Saúde, Educação e Cultura da Alepa, deputada estadual Nilma Lima (PMDB).

Durante a audiência pública, o secretário de Saúde, Hélio Franco – que já foi presidente da Fundação Santa Casa por vários anos – disse que estão sendo feitos estudos para que a gestão da “Nova Santa Casa” seja entregue a uma O.S. Franco defende que esse é um modelo de gestão previsto em lei e que poderá tornar o atendimento mais eficiente e reduzir os gastos com os atendimentos, que segundo ele, atualmente, são muito altos. “O custo com os atendimentos e procedimentos feitos pela Santa Casa, hoje, são muito altos e em administrações feitas por O.S esses custos deverão reduzir”, disse o secretário, apresentando vários números à plenária.

O pronunciamento de Hélio Franco foi bastante criticado por vários parlamentares, sindicatos, entidades e servidores. Edmilson destacou que não é possível comparar unidades hospitalares de portas abertas (que atendem pacientes com todos os tipos de doença), como é o caso da Santa Casa, com hospitais regionais, como o Hospital Metropolitano, em Ananindeua, que restringe os tipos de atendimento, não estando aberto para atender a população de forma universal como ela precisa. Além disso, o deputado psolista lembrou os diversos processos que foram gerados por problemas nas gestões de hospitais públicos paraenses por O.S ou outras entidades da iniciativa privada.

Edmilson, que ressaltou ter nascido na Santa Casa, expressou seu carinho e o de sua família para com aquela unidade hospitalar. Por essa razão, enfatiza que esse é o sentimento de todo o povo do Pará, já que pessoas de todos os municípios paraenses, que não possuem planos de saúde privados, procuram atendimento na Santa Casa. “Não é justo que profissionais que se dedicaram uma vida inteira àquele hospital, agora que foi construído um prédio novo e moderno, sejam impedidos de entrar e de trabalhar no local”, disse Edmilson, fazendo referência ao fato de que a legislação prevê que no caso do Governo do Estado optar pelo modelo de gestão através de O.S, todos os servidores que lá trabalharem terão que ser contratados pela empresa administradora.

O clima chegou a ficar bastante tenso e as discussões bastante acaloradas entre o secretário Hélio Franco e o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Pará (Sindimepa), João Gouveia. O deputado Edmilson, que compôs a mesa por um determinado tempo, teve que intervir para acalmar os ânimos e propor que seja realizada uma reunião menor, com representantes de todos os órgãos, entidades envolvidas com o assunto e principalmente os servidores para tentar sensibilizar o Governo do Estado a manter a gestão pública da Santa Casa. A nova data da reunião ainda será marcada pela comissão de Saúde, Educação e Cultura da Alepa.