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Edmilson defende liberdade religiosa em lançamento da Frente dos Povos de Matrizes Africanas

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O deputado Edmilson Rodrigues (PSOL/PA) participou nesta manhã (14/05) do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Povos de Matrizes Africanas. O evento reuniu parlamentares e representantes de entidades civis e movimentos sociais que estamparam o Salão Nobre com diferentes cores, tão diferentes quanto a pluralidade cultural destes povos. O evento contou com a presença da Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes.

Edmilson se solidarizou com esses povos que, ao professarem sua religião, sofrem preconceitos e perseguições. Para isso, compartilhou uma história pessoal. “Sou neto de um evangélico da Assembleia de Deus. Mas àquela altura, evangélicos eram perseguidos. Lembro-me de que, nas aulas de catequese na escola, a professora pedia para o filho de evangélico sair da sala. Imaginem o que é esse constrangimento”, comentou.

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Edmilson Rodrigues e a Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes. Foto: Nádia Junqueira

Ele ainda registrou que essa marginalidade não está presente somente na religião, indicando dados recentes levantados pela ONU. Mortes por arma de fogo não param de crescer no Brasil. São mais de 100 por dia, quatro mortes por hora. O estudo divulgado pela Unesco mostra que na região Norte o Pará é o estado pior classificado. Segundo a pesquisa, em 2012, mais de 42 mil pessoas morreram por arma de fogo no Brasil. Quase 95% foram homicídios. A pesquisa confirmou também que os jovens negros são maioria entre as vítimas de arma de fogo no país.

“Ontem foi dia de luta contra o racismo. Oficialmente uma homenagem a uma princesa escravocrata, que assinou a abolição porque não tinha como mais sustentar isso no Brasil. Mas para nós foi um dia de luto e resistência”, disse se referindo ao 13 de maio, dia da abolição da escravidão.

Na ocasião, Edmilson reforçou sugestão realizada em reunião com a ministra no mês passado: ensino de línguas africanas em instituições públicas de ensino. “Fiquei emocionado de ouvir iorubá hoje aqui. Por que não se ensiná-lo na escola? Maioria do nosso povo é de origem africana. Temos de dar a oportunidade de conhecer as línguas africanas. Dar oportunidade a, quem queira, de assumir sua dupla nacionalidade”, concluiu ao som de aplausos dos presentes.

 

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