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Edmilson denuncia a morte de Carlos Cabral e o extermínio de lideranças políticas no Pará

Com muita indignação, o deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) denunciou no plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 12, o extermínio de lideranças políticas e sindicais no Pará. Na última terça-feira, dia 11, o sindicalista Carlos Cabral Pereira, de 58 anos, foi assassinado no Município de Rio Maria, sul do Pará. Carlos era presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Rio Maria e um dos diretores da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB).

Edmilson lembrou também que na década de 1980, assassinaram João Canuto, que era genro de Cabral na época, e era presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais no Sul do Pará. A família Canuto, nos anos seguintes, perderia mais três filhos executados – Paulo, José e Orlando – por ordem do latifúndio desta região marcada por conflitos agrários sangrentos. Também recordou do grande líder rural, advogado e deputado do PcdoB, Paulo Fonteles, que foi assassinado há 32 anos, em 1949.

“Há uma autorização para o extermínio de lideranças, há um incentivo ao genocídio de camponeses, indígenas, e há uma determinação de não realização da Reforma Agrária e de não reconhecimento dos povos tradicionais ao direto à terra. Tudo isso faz parte de uma política de destruição do desenvolvimento do país”, denunciou o deputado Edmilson.

De acordo com um levantamento feito pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), desde o ano de 2018 os assassinatos de líderes políticos vêm crescendo em relação aos anos anteriores. Dos 24 assassinatos registrados no ano passado, 54% foram de líderes de movimentos agrários, indígenas, quilombolas e ribeirinhos.