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Edmilson denuncia crescimento de mortes por Aids no Pará

“A oferta insuficiente de leitos e a falta de medicamentos para o tratamento de doenças oportunistas, como a toxoplasmose, estão piorando em muito a qualidade de vida dos pacientes de HIV e Aids no Estado do Pará, levando-os em muitos casos à morte”, denunciou o deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL), em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa do Pará, na sessão desta terça-feira, 19. Segundo a Phd Ana Cleide Moreira, que desenvolve pesquisa no Hospital Barros Barreto, a taxa de mortalidade de Aids no mundo caiu 25%, em 2012. No Brasil, essa taxa está em 6 por cada 100 mil habitantes, mas, em Belém, esse número só cresce, e chegou a 13 por 100 mil habitantes no ano passado.

O problema é gravíssimo. De acordo com Chico Vaz, do Comitê de Artistas e Jornalistas na Luta Contra a Aids “Arte pela Vida”, o Estado do Pará não possui uma política de saúde voltada para o atendimento de pessoas que vivem com Aids. Ele denuncia que os recursos oriundos do governo federal estariam sendo mal aplicados ou tendo a finalidade desviada. Além disso, os Centros de Testagem e Aconselhamentos (CTA’s) não estão funcionando na capital e nem de forma itinerante no interior do Estado. Segundo ele, a entidade recebe reclamações até mesmo de comunidades indígenas, onde não foram feitas mais testagens da doença. “Só no Barros Barreto, estão morrendo cerca de três a quatro pessoas por semana, em decorrência da Aids. Esse número é muito preocupante e poderia ser evitado se o atendimento fosse adequado e tivéssemos mais leitos e medicamentos para as doenças oportunistas”, disse Vaz.

Edmilson protocolou requerimento para que o Legislativo negocie com o governo do Estado a fim de conseguir, com urgência, os medicamentos necessários para o tratamento de doenças oportunistas sejam providenciados com urgência e disponibilizados em todo o Estado nas unidades de saúde para acabar com o alto índice de mortalidade registrado no Pará. Além disso, Edmilson quer que o requerimento seja levado ao conhecimento da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa), da Prefeitura Municipal de Belém, do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério Público Estadual (MPE), do Ministério da Saúde, do Conselho Estadual de Saúde e do Conselho Municipal de Saúde de Belém, do Departamento Nacional de DST/AIDS, da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Pará (OAB-PA), do Comitê de Artistas e Jornalistas na Luta Contra a Aids “Arte pela Vida” e da direção do Hospital Universitário Barros Barreto. O requerimento ainda será votado no plenário da Alepa.