O deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) denunciou, na tribuna da Assembleia Legislativa do Pará, nesta quarta-feira, 7, que na noite anterior o tanque de contenção da empresa Rio Capim Caulim, do Grupo Imerys, voltou a transbordar contaminando novamente o rio Dendê, na comunidade Curuperé, em Vila do Conde, em Barcarena, Nordeste do Estado. “Mais uma vez a Imerys deixou vazar o caulim no rio, que ficou branco. A contaminação ambiental atinge a população, gerando terríveis problemas de pele em quem entra em contato com a água”, denunciou.
O acidente ambiental ocorreu no final do dia anterior. A moradora Cleide Monteiro, integrante do grupo de trabalho (GT) que representa o Pólo Industrial de Barcarena, que procurou Edmilson na Alepa, relatou que o vazamento ocorreu durante quatro horas. O rio transbordou, encobrindo o ramal de acesso à comunidade Acuí, o que dificultou estudantes e trabalhadores, que residem no local, de voltarem para casa ao final do dia de ontem (terça-feira, 6).
A denúncia dos moradores é que se o produto tocar a pele, “pipoca” a pele, causa uma séria alergia na pele, que pode causar descamação na pele, parecida a queimadura, especialmente nas crianças. As pessoas que se arriscaram a atravessar de motocicleta ou bicicleta, meios de transporte mais usados, acabaram sofrendo com respingos do líquido contaminado.
“Já discutimos anteriormente na Assembleia e com o próprio governo do estado a possibilidade de transferência dos moradores que sofrem com a contaminação em Vila do Conde. Várias empresas foram implantadas ali, causando impactos ambientais. É uma problema gravíssimo. Convido os deputados a visitarem o local. Precisamos de uma solução. Não podemos permitir isso!”, criticou Edmilson.
Cleide relatou que a comunidade passou a noite em pânico porque chovia e o nível do Dendê iria subir, com risco de romper o tanque da bacia de contenção, que já estava transbordando, com risco de ampliar o impacto ainda maior no meio ambiente e na comunidade que reside no entorno.
“A alta concentração de caulim no rio e no lençol freático, prejudica os poços de onde a comunidade consome água, prejudica a pesca e as plantações, prejudicando toda a cadeia alimentar da comunidade”, informa a moradora.
O acidente já foi denunciado ao procurador da República Bruno Valente, do Ministério Público Federal; promotora de justiça Viviane Lobato, da Promotoria de Justiça de Barcarena (MPE); e o delegado de Meio
