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Edmilson diz que prisões em Igarapé-Miri são vitória do Legislativo e da Justiça

Operação conjunta do Ministério Público do Estado do Pará e da Polícia Civil prendeu nesta terça-feira, 16, dez pessoas, dentre elas o prefeito Ailson Santa Maria Amaral, o “Pé de Boto”, acusadas de fazer parte de um grupo de extermínio e de fraudes à administração pública no município de Igarapé-Miri, Nordeste do Pará. A prisão atendeu à pressão do deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) e dos demais deputados da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor, da Assembleia Legislativa do Estado, que cobraram providências das autoridades estaduais e federais.

Na tribuna, Edmilson disse que a operação foi uma “vitória” da Alepa e elogiou a “coragem” da população miriente em denunciar os crimes. “O prefeito se elegeu com dinheiro do crime organizado e se deu ao direito de montar um grupo de extermínio. Parabéns à Justiça, parabéns à Alepa”, destacou.

Após denunciar as ameaças de morte e os assassinatos em Igarapé-Miri, na tribuna da Alepa, no último dia 17 de junho, Edmilson foi até a cidade participar da audiência pública promovida pela CDH da Alepa, no dia 10 de julho, na presença de representantes da Ouvidoria e da Corregedoria da Polícia Civil, comandante da Policia Militar, vereadores e lideranças comunitárias. Pelo menos 90 pessoas tinham sido assassinadas no município em apenas um ano, sendo a maioria jovem. Os moradores relataram que havia uma lista de marcados para morrer e os crimes eram praticados por uma milícia de policiais, cujo comando era atribuído ao prefeito.

No dia 23 de julho, Edmilson levou o relatório da comissão até o Ministério da Justiça, em Brasília, a fim de cobrar providências. Ele foi recebido pelo secretário executivo da pasta, Marivaldo de Castro Pereira, que assumiu o compromisso de garantir a rigorosa apuração e de coibir os possíveis abusos que tenham sido cometidos.

Presos – A polícia e o MPE cumpriram 10 dos 12 mandados de prisão expedidos pela justiça. Além do prefeito, foram presos o secretário municipal de obras, Ruzol Gonçalves; e os dois filhos dele, Renato e Rafael Gonçalves, entre outros. As equipes também cumpriram mandado de busca e apreensão em quatro empresas e na prefeitura de Igarapé-Miri. A operação foi coordenada pelo procurador de Justiça Nelson Medrado, os os promotores de Justiça Milton Meneses, Wilson Brandão e Harrison Bezerra; e pelos delegados Marcos Miléo e Silvio Maués.