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Edmilson homenageia Luiz Arnaldo Campos, Rogério Parreira e Luíza de Abreu

Edmilson Rodrigues homenageia Luiz Arnaldo Rogerio Parrera Luiza de Abreu (1)

Os cineastas Luiz Arnaldo Campos e Rogério Parreira, produtores do premiado documentário “Chama Verequete”, de 2002, foram homenageados nesta quinta-feira, 20, na Assembleia Legislativa do Pará, com a Medalha Cidadão da Cultura “Mestre Verequete”. Na mesma sessão solene, a atriz premiada Luíza de Abreu, recebeu a Comenda do Teatro Paraense “Nazareno Tourinho”, também da Assembleia. As indicações foram realizadas pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL).

Ao todo, 13 personalidades da cultura paraense receberam a Medalha Verequete, que foi instituída por meio da Resolução nº 01, de 27 de março de 2013. Enquanto outras 13 foram agraciadas com a Comenda Tourinho, instituída em 2012, pelo Decreto Legislativo nº 16/2012, de iniciativa do deputado Edmilson. Os homenageados foram indicados pelas bancadas dos partidos com representação na Assembleia. As honrarias são concedidas uma vez por ano, pelo Poder Legislativo.

“Nenhum povo pode afirmar a possibilidade da justiça e da liberdade sem afirmar-se enquanto povo. E só é reconhecido por outros povos como tal por sua identidade, que é multifacetada. Somos o povo talvez que se expresse com uma diversidade (cultural) das mais ricas do planeta. Isso não é bairrismo Só o Adelermo, por orientação genial do Vila-Lobos, registrou mais de 60 ritmos, desde as letras, partituras, roupas usadas. Podemos falar do carimbó, do siriá, do samba de cacete, forró, do lundu, sairé, do xote bragantino, brega, calypso e tecnobrega. É por isso que ganhamos cada vez mais respeitabilidade enquanto nos apresentamos para o mundo enquanto um povo”, discursou Edmilson, que usou a tribuna representando s demais deputados.

Edmilson Rodrigues homenageia Luiz Arnaldo Rogerio Parrera Luiza de Abreu (3)

“O Verequete é cantado em verso e prosa, reconhecido nacionalmente como mestre do carimbó. Ter feito um documentário sobre a vida dele é motivo de orgulho para mim e o Rogério”, destacou o cineasta Luiz Arnaldo ao receber a Medalha Verequete junto com Parreira. O documentário “Chama Verequete” arrebatou o prêmio de Melhor Música no Festival de Gramado, Melhor Fotografia no Festival de Santa Catarina, Melhor Filme no Festival de Belém e Menção Honrosa no Festival de Curitiba. “O documentário contribuiu para tirar o Mestre Verequete do ostracismo em que se encontrava.” Também receberam a mesma medalha: Beth Cheirosinha, o compositor Márcio Montoril, o dançarino e coreógrafo Regemberg Carvalho, professora Aparecida Luciano, Jorsonleide Paes (Dona Zula ), Haroldo Barros, Joaquim Lima Gonçalves e o pastor Heraldo Damasceno.

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“Fico muito lisonjeada e feliz. Sou a maior admiradora da obra de Nazareno Tourinho”, destacou a atriz Luíza de Abreu. Ela recebeu a Comenda Nazareno Tourinho , do qual já encenou as peças “Nó de Quatro Pernas”, “Severa Romana” e o monólogo “A Loucura de uma Atriz”. Já recebeu três vezes o prêmio de Melhor Atriz da Federação Estadual de Atores, Autores e Técnicos de Teatro (Fesat) e também dois prêmios de reconhecimento na arte teatral pela Academia do Baile dos Artistas. Ela atua profissionalmente desde 1995, quando concluiu o curso na Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Edmilson também enalteceu a presença do Mestre Bezerra, que domina os saberes sobre a capoeira, além da cantora e compositora Dona Onete, do cantor Wanderley Andrade, da vendedora de ervas Beth Cheirosinha e do compositor Márcio Montoril, que foram alguns dos homenageados por outros partidos.

Projeto – Edmilson é autor do projeto de lei, protocolado na véspera, que institui o Programa de Proteção e Promoção dos Mestres e Mestras dos Saberes e Fazeres das Culturas Populares. O psolista, que assumirá o mandato de deputado federal em fevereiro de 2015, disse, na tribuna da Alepa, que torce para que o projeto seja analisado como constitucional pelos eleitos à próxima legislatura da Assembleia. “De qualquer modo, o projeto vai provocar o debate, quiçá o governo do estado possa ter a iniciativa de lei ´para criar aqui o projeto de incentivo e de apoio dos mestres.

Edmilson apontou que, infelizmente, a realidade econômica confortável não é realidade para todos os artistas. Até 1997, o Mestre Verequete sobrevivia da venda de churrasco na Estrada Nova, em Belém, exemplificou. Os artista saiu do ostracismo em 1997, quando recebeu incentivo da Prefeitura de Belém, na gestão do próprio Edmilson, para lançar disco e se apresentar.

“Devemos apontar para o futuro e valorizá-lo, mas seremos nada sem o reconhecimento da obra de mestres e mestras, dos produtores do saber popular, da arte que se expressa de forma autêntica, muitas vezes sem a formação acadêmica.”