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Edmilson repudia estado por quebra de acordo com PMs

Edmilson Rodrigues na tribuna da Alepa (2)

O deputado estadual Edmilson Rodrigues (Psol) denunciou, na tribuna da Assembleia Legialativa do Pará, nesta terça-feira, 15, a abertura do primeiro processo administrativo disciplinar instaurado pela Corregedoria Geral da Polícia Militar contra liderança da paralisação realizada pelos praças, concentrados no 6o Batalhão da PM, há cerca de duas semanas. A retaliação aos grevistas confere a quebra do acordo celebrado pelo governo do estado com o movimento paredista.

O acordo foi firmado com a participação dos deputados, das associações representativas de classe e de entidades sociais, como a Ordem dos Advogados do Brasil Seção Pará (Sinjor-Pa) e Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-Pa). “É uma afronta à negociação firmada com o Comando da PM e dos Bombeiros. O governo contraria o acordo firmado com vários deputados, inclusive a própria base aliada, para criar um novo clima de animosidade na corporação, reeditar a crise institucional”,criticou Edmilson.

O PAD foi instaurado contra o soldado Luiz Fernando Passinho da Silva, dirigente da Associação de Defesa doa Direitos dos Policiais Militares do Pará  (Addmipa). Na citação assinada pelo capitão Miguel Ângelo Sousa Corrêa, Passinho é acusado de praticar e incitar motim, interferir na administração do 6o batalhão, concorrer para a discórdia e participar de manifestação, “participando de forma ativa no aliciamento, persuasão, instigando, impelindo e estimulando as práticas  criminosas e contrárias a hierarquia e disciplina militares”, expressa o documento.

Indignado, Edmilson disse que se o governou “ousar” prender um grevista terá que prendê-lo também. “É inadmissível que um processo de negociação seja quebrado. É um desrespeito ao Legislativo”.

O presidente da Alepa, deputado Márcio Miranda (Dem), informou que já tramita na Casa o projeto de lei subscrito por vários deputados, incluindo Edmilson, que garante anistia administrativa aos grevistas. O PL receberá parecer na Comissão de Constituição e Justiça ainda nesta data. A previsão é que seja votado na semana que vem.