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Edmilson visita exposição das vítimas da chacina de Belém

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A exposição “Choram os Cravos de Novembro”, que traz um pouco da história de vida das dez vítimas da chacina que aterrorizou a população de Belém, na noite de quatro de novembro do ano passado, foi visitada pelo deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL/PA), na manhã do domingo, 08/11, na Praça da República.

“Entristece ver o governo do estado de braços cruzados sem qualquer responsabilidade ou qualquer explicação à sociedade para um ano de investigação sem nenhum resultado que coloque os criminosos na cadeia. Ao deixar de dar resposta, o governo quer negar a existência de milícias armadas e, assim, autoriza o funcionamento delas, que continuam agindo, matando inocentes. A chacina criou comoção. No entanto, todos os dias os trabalhadores vêem os filhos serem assassinados na periferia da cidade. O povo não tem paz. É necessário fazer justiça”, defendeu Edmilson.

“Esta exposição poderia ser denominada ‘Imagens da Dor’ ou ‘A Luta pela Dignidade’, dignidade das vítimas e das famílias que tiveram suas vidas ceifadas mesmo sendo inocentes. Esta exposição chama a população a dizer: jamais esqueceremos os nossos filhos, jamais deixaremos de lutar por justiça!”, comentou o deputado, que ficou tocado ao conversar com as mães que ainda sofrem a perda dos filhos na chacina, como Suzana Rodrigues, mãe de Márcio Rodrigues, morto no bairro do Tapanã. “Aqui nós temos as lembranças do que restou dos nossos filhos, como fotografias e peças de roupa. Queremos mostrar à sociedade que os nosso filhos não eram bandidos, mas trabalhadores. Eu trouxe as fotos do meu filho com o uniforme do trabalho e também com a única namorada que ele teve, assim como as camisetas que ele gostava de usar”, apontou Suzana.

Histórico – A chacina ocorreu logo após a execução do cabo Antônio Marcos Figueiredo, o “Cabo Pet”, da Polícia Militar do Pará, ocorrida no bairro do Guamá. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) realizada pela Assembleia Legislativa do Estado, realizada em janeiro deste ano, a pedido de Edmilson, concluiu no relatório que Pet comandava um grupo de extermínio que conta com a participação de policiais e, ainda, que foram as forças milicianas responsáveis pelas mortes ocorridas naquela noite e na madrugada seguinte, em vários bairros da periferia de Belém: Terra Firme, Guamá, Jurunas, Tapanã e Sideral. Grupos de motociclistas encapuzados circularam pelas ruas matando as pessoas sem serem incomodados pelos efetivos da PM que cumpriam plantão naquela noite.