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Feirantes e ambulantes fazem protesto no aniversário do Ver-o-Peso

O deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) prestou solidariedade aos ambulantes da Avenida João Alfredo que realizaram protesto durante o evento de aniversário de 386 anos do Ver-o-Peso, nesta quarta-feira, 27. Edmilson se reuniu com os ambulantes às 8 horas da manhã, na Praça do Pescador, e de lá os manifestantes seguiram com um carro-som até o local em que seria servido o bolo de aniversário, em frente ao Solar da Beira, com a participação do prefeito Zenaldo Couitnho (PSDB). O tucano e o secretário municipal de Economia, Marco Aurélio Nascimento, foram recebidos com vaias pelos ambulantes. Eles reivindicam serem ouvidos no plano de reordenamento da João Alfredo, que pretende remanejá-los à força para um prédio que se encontra em condições precárias.

edmilson rodrigues em manifestacao de feirantes e ambulantes no ver-o-peso (2)

“Parabenizo os feirantes pelo aniversário do Ver-o-Peso, pois eles são a alma do Ver-o-Peso”, disse ele, ao reivindicar dignidade para o exercício da atividade e a manutenção da obra, realizada há mais de uma década, quando ele foi prefeito de Belém (de 1007 a 2004). “Mais de 10 mil famílias retiram o sustento da feira do Ver-o-Peso, diariamente”, observou ele, que conhece a realidade dos trabalhadores do local. Edmilson disse que os ambulantes, são “parentes dos feirantes” que ainda não tiveram a oportunidade de fixar a atividade laboral. O deputado criticou a perseguição aos ambulantes do centro comercial. “No meu governo, os ambulantes não foram perseguidos, não havia rapa. Os filhos dos feirantes e ambulantes tinham projetos sociais. A violência diminuiu. Se o cidadão está desempregado e quer vender nas ruas é porquer não quer virar bandido. Tem que dar uma chance para ele trabalhar com dignidade. Eles querem ‘limpar’ o centro, tirando as pessoas pobres. O povo não pode ser tratado como lixo”, discursou Edmilson, na Praça do Pescador.

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Os ambulantes caminharam até o Solar da Beira, munidos de cartazes. Edmilson acompanhou o grupo até a chegada do prefeito ao local, quando despediu-se para ir até a Assembleia Legislativa do Pará, onde participou da sessão ordinária. “É uma violência o que estão querendo fazer com os ambulantes. Querem remanejar 140 (ambulantes) para um prédio que é uma excrecência. Não tem segurança. Se querem fazer um projeto sério, que dignifique o centro comercial, que chamem os lojistas e os ambulantes para participar dele”, defendeu ele, logo em seguida, na tribuna da Alepa. Após a saída de Edmilson, a vereadora Marinor Brito (PSOL) chegou à manifestação, onde reforçou o apoio aos ambulantes e renovou as críticas à gestão municipal tucana.

Anteriormente, Edmilson visitou o prédio onde funcionará o shopping popular, junto com deputados da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Alepa. Os deputados constataram que apenas dois andares, do antigo prédio de sete andares, foram reformados para receber os ambulantes. O imóvel tem infiltrações, instalações elétricas precárias, não tem saída de incidêncio e os andares superiores estão abandonados e tomados de pombos, ratos e urubus. Edmilson pediu que as condições do prédio fossem verificadas pelo Corpo de Bombeiros.