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Na Conferência Q+50, Edmilson falou sobre “A Amazônia Urbana”

Fotos: IAB/AM

O deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) foi conferencista no Q+50, evento que reuniu arquitetos de todo o país no debate sobre a “A Amazônia Urbana”. O evento ocorreu em Manaus, nos últimos dias 30 e 31 de agosto, em comemoração dos 50 anos do manifesto sobre a reforma urbana brasileira, que ficou conhecido como “Quitandinha”. Edmilson falou sobre a “Modernização Incompleta, Crise Socioambiental e um Urbanismo Participativo para a produção do futuro na Amazônia”. Ele é graduado em Arquitetura pela UFPA e Doutor em Geografia pela USP, sendo um dos organizadores do Forum Pan Amazônico de Arquitetura, que também acontecerá em Manaus, em 2015.

Foi no Hotel Quitandinha, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, que os arquitetos brasileiros aprovaram, em 1963, o manifesto sobre reforma urbana no país no bojo das reformas estruturais de base. O Q+50 foi organizado pelo Instituto de Arquitetura do Brasil (IAB) e pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), que vem debatendo o urbanismo brasileiro em todo o país, por meio de seminários.

conferencia q50 2Edmilson demonstrou, com base em dados de urbanismo, saneamento, habitacional, Produto Interno Bruto, Índice de Bem Estar Urbano (IBU), que o urbanismo brasileiro é perverso com a Amazônia porque produz desigualdades inter e intra regionais. “No caso do Amazonas, todos os índices mostram que a desigualdade chega a ser sanguinária. O padrão de acumulação capitalista, o dito ‘modelo de desenvolvimento’, impõe condições que agravam progressivamente e e permanentemente as desigualdades socioespaciais das cidades amazônicas, mormente das metrópoles. Não é à toa que Manaus e Belém são as últimas entre as 15 regiões metropolitanas do país no Índice de Bem Estar Urbano, medido pelo Observatório das Metrópoles e lançado há um mês”, destacou.

Ele apontou que, hoje, apenas 50% da população de 1,5 milhão de habitantes de Manaus tem acesso aos serviços de água potável, rede e tratamento de esgoto e coleta e tratamento de resídios sólidos. E o serviço de saneamento ainda é considerado inadequado. “Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) dão conta que a condição de adequabilidade do sistema de saneamento de Belém é comparável ao de Manaus, sendo superior em apenas 3% (53%).Ou seja, é uma urbanização que produz pobreza, segregação e todas as mazelas sociais consequentes. Uma urbanização que desumaniza as rbes brasileiras e as amazônicas”, resumiu o professor, no evento.