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“Não iremos recuar”, afirma deputado Edmilson Rodrigues (PSOL/PA) em resposta à representação do PMDB

Foto: Lúcio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados
Foto: Lúcio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados

 

É com muita indignação que recebemos a notícia, nesta tarde (6/3), de que o PMDB entrou com representação na Corregedoria da Câmara por quebra de decoro parlamentar contra mim e meu companheiro, o deputado Ivan Valente (PSOL/SP). Esta é uma tentativa da Cúpula da Câmara de calar o nosso partido diante de nossa intransigência em defesa da ética. Está é uma ação defensiva de quem tem que se explicar; uma atitude desesperada daqueles suspeitos de participação nos ilícitos da Lava Jato, como já vem sendo denunciado pela imprensa.

O que houve ontem (5/3) na CPI foi uma reação legítima frente a postura autoritária do presidente, o deputado Hugo Motta (PMDB/PB), que desrespeitou o regimento. Nosso dever enquanto parlamentares membros da CPI era de exigir que ele fosse cumprido e que as indicações das subrelatorias fossem discutidas em plenário. Nós, deputados do PSOL, ficamos de fora dessa decisão frente o autoritarismo de Hugo Motta.

Não houve quebra de decoro. Vários deputados tentavam pedir a palavra enquanto os microfones estavam desligados. Disse, então ao presidente, “não amoleque esta CPI”. O que houve foi um desrespeito do presidente com os deputados membros da CPI. O que há por trás desta atitude autoritária do presidente é inviabilizar a investigação de forma rigorosa, como pretendemos.

Nosso papel, parlamentares do PSOL nesta CPI, é de investigar empresas corruptoras e corruptores com elas envolvidos com toda rigorosidade que o povo brasileiro exige e merece. Essa representação do PMDB é uma tentativa de intimidar o nosso partido e não prosperará. Seguiremos nesta CPI e na Câmara atuando para que as investigações sejam rigorosas.

Atenciosamente,

Edmilson Rodrigues,
Deputado Federal (PSOL/PA)