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O motivos que levaram à greve na rede estadual de ensino

Os trabalhadores (as) em educação da rede estadual de ensino decidiram no dia 18/09/2013 deflagrar greve por tempo indeterminado nas unidades escolares do estado do Pará, a partir de 23/09, em razão do desrespeito do governo Jatene com as reivindicações da categoria sem respostas há mais de um ano e meio.
Nossa greve não é apenas por salários, é pela defesa da escola pública. Não aceitamos mais ter nossas escolas caindo sobre nossas cabeças, tamanha é a falta de infraestrutura. Cansamos das propagandas, os pactos fictícios do governo não convencem, queremos ver em nosso dia-a-dia as melhorias para a educação.

Enquanto convivemos com a falta de ventilação e climatização das salas de aula, de água potável, de espaços educacionais adequados, com banheiros sem condições de uso e materiais didáticos pedagógicos insuficientes, sem falar na completa insegurança que assola a comunidade escolar, o governo faz vistas grossas ao caos da educação. Chega, exigimos respeito!

Queremos segurança para desenvolver nossas atividades, completa estruturação das escolas, inclusão no PCCR dos funcionários de escola já previsto na legislação, eleições diretas para direção de escola, jornada de trabalho com garantia de no mínimo 1/3 para hora atividade, regulamentação de Aulas Suplementares, efetivação da lei do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), pagamento do retroativo do PSPN de 2011 (em tramite na justiça à pedido do Sintepp), realização imediata de concurso público, qualificação profissional para trabalhadores (as).

Por isso convocamos pais, responsáveis, alunos e demais trabalhadores do serviço público a somarem-se à nós nesta luta pela qualidade da educação pública como direito social fundamental.

Coordenação Estadual do Sintepp

Greve na Rede Estadual: A enrolação de Jatene fez a educação parar

educa_em_greve_sinteppA luta dos (as) trabalhadores (as) em educação do Pará está pulsante e não vai parar. De tanto o governo estadual ignorar a pauta dos trabalhadores e protelar com prazos que não se cumprem, a assembleia geral, realizada na manhã de hoje (18), na Sede Social do Club do Remo, definiu por ampla maioria: É greve na rede estadual de ensino a partir do dia 23/09!

Nem os milhões injetados em propaganda dão conta de esconder o caos estabelecido nestes últimos três anos de governo tucano. Isso é o reflexo de um processo de desqualificação e descaso acumulados há décadas por governantes nefastos (como o próprio Jatene, que já foi governador de nosso estado) que nunca foram capazes de tratar a educação com a devida importância.

Chegamos ao 2º semestre de 2013 investindo na negociação com o governo que já se arrasta há mais de um ano e meio. Ano que vem teremos eleição novamente e o que Jatene e seus apadrinhados deixam de avanço para nossa categoria? Nada, apenas solicitações de prazos, reorganização de equipes para avaliar as propostas da categoria e nada mais.

Em linhas gerais, nossa pauta não mudou essencialmente nada de 2011 para cá. Em 2010, depois de um processo conturbado de greves, paralisações e manifestações, que tiveram como resposta a repressão protagonizada pelo governo Ana Júlia, conquistamos nosso PCCR.

Dia 12 a paralisação com ato levou os (as) trabalhadores (as) da Rede Estadual vindos do estado inteiro até a Sead, para mais uma tentativa de negociação com o governo. No mesmo dia, às 7h, os (as) trabalhadores (as) em educação, lotados na Seduc se concentraram em frente a Sede (Rod. Augusto Montenegro) para reivindicar sua pauta específica. Tivemos que fechar a Av. Almirante Barroso para sermos recebidos. A resposta foi outro prazo.

Enquanto seguimos o desafio de manter a educação pública, mesmo com toda a precariedade, o governo tucano e sua base aliada continuam ignorando a vontade do povo, expressa nas manifestações recentes, que levaram milhões às ruas, clamando por mais direitos. Por isso, não vamos nos acomodar!

Abaixo estão expostos os pontos da pauta da campanha Salarial do Sintepp, protocolada junto à Seduc desde 29/01/13. Contribua para o entendimento da sociedade sobre os motivos de nossa greve, afinal, estamos nas escolas sofrendo juntos o abandono da educação.

Inclusão no PCCR da carreira e remuneração dos funcionários de escola, já previsto na legislação;

– Eleições diretas para direção de escola;
– Jornada de trabalho com garantia de no mínimo 1/3 para hora atividade;
– Regulamentação das Aulas Suplementares na forma da lei;
– Efetivação da Lei Específica do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME);
– Pagamento do retroativo do PSPN de 2011 (em tramite na justiça à pedido do Sintepp);
– Realização imediata de concurso público;
– Qualificação profissional para trabalhadores (as);
– Reforma e estruturação das escolas.