Um cronograma de execução de obras do programa “Luz para Todos” em comunidades indígenas será apresentado pela Celpa até o final deste mês aos índios Tembé. Isso foi o que ficou definido em reunião realizada na tarde desta segunda-feira, 11, entre o deputado estadual Edmilson Rodrigues (Psol), lideranças tembés, o diretor institucional da Celpa, Mauro Chaves, e o coordenador regional do programa “Luz para Todos”, Luiz Galiza.
Durante a reunião – solicitada pelo líder do Psol na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) -, Valdeci Tembé e Sérgio Muxi Tembé apresentaram uma lista com o nome de mais de 30 aldeias que sofrem com o problema da falta de energia elétrica. Mauro Chaves e sua equipe técnica falaram sobre algumas dificuldades técnicas que precisam ser enfrentadas para a execução das obras, como o distanciamento entre as comunidades e o pequeno número de pessoas e famílias beneficiadas em cada uma. No entanto, o diretor da Celpa prometeu fazer um estudo para verificar alternativas que possibilitem o início da execução das obras ainda este ano.
Os indígenas destacaram, na ocasião também, que muitas aldeias estão fora da lista de atendimento do programa. Sobre essa questão, Galiza se comprometeu em buscar alternativas de inclusão de todas as comunidades. “Nós estamos, aqui, nos somando aos índios tembé nesse esforço de lutar pela garantia de execução de um programa federal, executado pelo Estado e que possibilitará ao povo indígena a conquista de um direito e uma melhoria de qualidade de vida”, destacou Edmilson.
A reunião faz parte de um cronograma de atividades firmado pelo deputado Edmilson durante visita feita a quatro aldeias tembé do Alto Rio Guamá, em janeiro deste ano. Uma sessão especial itinerante também consta nos compromissos firmados pelo parlamentar – que esteve nas aldeias representando uma comissão externa da Alepa – no sentido de lutar pela garantia de direitos indígenas. A sessão especial deverá ser realizada em abril, por ocasião das comemorações do Dia do Índio, 19. Os tembés prometeram fazer protestos durante a sessão especial, caso não lhes seja apresentado um cronograma de execução de obras do programa federal.
