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Pressão de grevistas leva Estado a sinalizar com pagamento de reatroativo

O deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) voltou a cobrar do governo do Estado que pelo menos sinalizasse com o parcelamento da dívida de R$ 72 milhões, relativa ao retroativo do não cumprimento do piso nacional do magistério. Os trabalhadores da educação, em greve há 16 dias, foram recebidos por Edmilson e outros deputados na Assembleia Legislativa do Pará, no auditório João Batista, logo após terem se manifestado em frente ao órgão, sob o comando do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp). Os grevistas pediram a mediação dos deputados junto ao Estado.

“Vou propor uma emenda ao orçamento de 2014 para que o débito seja pago. Não é possível que um estado com orçamento de 19 bilhões não possa administrar o pagamento desse retroativo”, ressaltou Edmilson. Ele apontou a “má vontade” do Estado em negociar com os grevistas, pois, apesar de admitir a dívida com os trabalhadores se recusava a discutir como poderia fazer para pagá-la. “É o aprofundamento da crise social pelos que lavam as mãos diante do caos da educação”, criticou.

O líder do governo na Alepa, deputado José Megale (PSDB), trouxe uma novidade à reunião, anunciando que o Estado tinha acabado de deliberar pelo pagamento parcelado da dívida, porém ainda iria expor a proposta aos grevistas, assim como o projeto de regulamentação do Sistema Modular de Ensino (Some), outro item da pauta do Sintepp.

Os trabalhadores também reivindicam o cumprimento integral do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), em vigor desde 2010, assim como a inclusão de outras categorias de trabalhadores da educação no plano. Outras exigências são a regulamentação da jornada de trabalho e das aulas suplementares.