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Solidariedade à categoria bancária frente ao quadro de insegurança

Na última sexta-feira, 7, a imprensa local noticiou mais um caso de roubo a banco no interior do Estado. Dessa vez, o crime ocorreu no município de São Domingos do Capim, a 135 km de Belém, quando cerca de dez homens armados invadiram a casa de uma funcionária do Banco do Brasil para fazer reféns e tentar roubar uma agência deste banco. Durante a ação dos bandidos, o funcionário do banco, Francivaldo Soares da Silva, morreu durante o tiroteio.

Segundo o superintendente interino da Região do Salgado, delegado Marco Antônio de Oliveira, informou à imprensa, o grupo chegou à cidade por volta de meia-noite de sexta-feira, 7, quando, inicialmente, parte da quadrilha rendeu um policial civil, que estava de plantão na Delegacia, enquanto os demais seguiram para a casa de dois funcionários do banco, que moram próximo a agência. Eles fizeram reféns a gerente e um escriturário.

Em seguida, os bandidos tentaram arrombar o banco, usando um maçarico ligado a um botijão de gás de cozinha. O crime não foi consumado porque o delegado do município teria tomado conhecimento da intenção da quadrilha e passou a acionar apoio policial, o que fez os criminosos abortarem o plano de assalto e abandonarem as ferramentas. Na fuga, eles levaram o escriturário e fugiram, atravessando de barco o rio Capim, tomando rumo em direção à zona rural da região.

De acordo com policiais da Delegacia de São Domingos do Capim, o funcionário do banco acabou levando um tiro e morreu durante perseguição da polícia aos bandidos. O caso causou tumulto na cidade e os moradores ficaram bastante tensos com a ação. Além disso, o crime trouxe à tona, mais uma vez, a insegurança a que estão submetidos os paraenses, com especial destaque os bancários que trabalham no interior do Estado, onde roubos a banco tem se tornado cada vez mais frequentes.

A polícia continua investigando o caso para tentar localizar os assaltantes. Até o momento apenas um homem, que seria dono do barco fretado pela quadrilha, foi preso. Vale destacar que, em função do funcionário do Bancoo do Brasil ter sido levado refém pela quadrilha, o corpo dele só foi encontrado na manhã de sábado, 8. Ele foi encontrado pela equipe de resgate do Corpo de Bombeiros. Francivaldo tinha apenas três meses na carreira bancária.

O Sindicato dos Bancários do Pará lamentou, através de nota, a morte do bancário e se solidarizou com os familiares e amigos deixados pelo bancário. Na nota divulgada à imprensa, a entidade destaca que ele foi mais uma vítima da insegurança que assola o nosso Estado e que tem sido cada vez mais cruel com os trabalhadores e trabalhadoras da categoria bancária.

Diante desse quadro de insegurança, apresento esta MOÇÃO de solidariedade à categoria bancária e em especial à família do bancário Francivaldo Soares da Silva. Solicito especial atenção desta casa parlamentar, no sentido de intermediar junto ao Governo do Estado para que todos os esforços sejam somados para conseguir prender os criminosos e garantir maior segurança aos bancários, sobretudo os que trabalham em agências do interior do Estado.

Solicito também que seja dado conhecimento do teor integral desse documento ao Sindicato dos Bancários do Estado do Pará, aos familiares do bancário Francivaldo Soares da Silva, à Associação dos Funcionários do Banco do Estado do Pará (AFBEPA), à Associação dos Empregados do Basa (AEBA), à Secretaria Estadual de Segurança Pública, à Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SPDDH) e Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Pará (OAB-PA).

Palácio da Cabanagem, 11 de dezembro de 2012.

Edmilson Brito Rodrigues
Líder do PSOL