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Universidade do Sul e Sudeste do Pará só tem recursos para funcionar até 16 de setembro

A situação é grave. Mais de 5.000 estudantes do Sul e Sudeste do Pará ficarão sem aulas a partir de outubro, caso não seja revertido o corte de recursos na Unifesspa (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará). Segundo o reitor, Prof. Dr. Maurílio Monteiro, em entrevista coletiva na última quarta-feira (4), se a situação se mantiver até o dia 16 de setembro, serão suspensos contratos de serviços essenciais, como energia elétrica, vigilância e limpeza.

Ainda segundo o reitor, a partir de outubro, outras atividades terão de ser suspensas, como o custeio de viagens de campo e bolsas de estágio, restando apenas recursos para a assistência estudantil, que devem ser usados para este fim.

Além dos cortes realizados em abril, mais recentemente, o governo aprovou na Comissão Mista de Orçamento (CMO), e quer aprovar no Plenário, o PLN 18, que retira quase R$1 bilhão dos recursos da Educação para pagar emendas parlamentares prometidas pelo voto favorável dos deputados à Reforma da Previdência, aprovada em julho.

“Aprovou-se este projeto para que o governo cumpra a sua promessa de pagar propina pela votação em favor da reforma criminosa da previdência social. Já chega a R$8 bilhões o corte na área da Educação”, afirmou o deputado Edmilson Rodrigues na CMO na última terça-feira (3).

No próximo dia 12 de setembro, será realizado o “Dia D em Defesa da Unifesspa” com diversas atividades como sessões públicas nas câmaras municipais, atos em defesa da educação pública superior, entre outras ações.

“A situação é muito dolorosa para quem acredita na Educação e dedica sua vida à produção do conhecimento científica e à educação de jovens e adultos”, concluiu Edmilson na Comissão.

Sobre a Unifesspa

A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) possui 5 campi (Marabá, Rondon do Pará, Santana do Araguaia, Xinguara e São Félix do Xingu). São 42 cursos de graduação, 12 mestrados, 3 doutorados e 3 especializações. Mais de 5 mil alunos matriculados. Em 6 anos,
mais de 2 mil alunos formados e 705 servidores (sendo 392 professores e 313 técnicos administrativos).

77% dos estudantes matriculados na Unifesspa vieram de escolas públicas; 90% vivem em famílias com renda mensal per capta de até 1 e1/2 salário mínimo; 11% dos pais de alunos são analfabetos ou sabem apenas ler e escrever; 30% dos pais de alunos concluíram apenas o ensino médio; 48% dos estudantes revelam dificuldades financeiras; 65% dos alunos da
Unifesspa são pardos, 15% quilombolas e 1,3% indígenas.

OS MINISTROS DA EDUCAÇÃO E DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DEVEM EXPLICAÇÕES À POPULAÇÃOPrimeiro o governo chantageou a todos, dizendo que se a reforma da previdência fosse aprovada, liberaria o dinheiro da educação. Depois, fez um acordo com sua base no Congresso para liberar recursos para pagar a propina prometida aos deputados que votaram a favor da reforma. Mas segue na sua política de destruição a educação brasileira. —Acesse: www.edmilsonpsol.com.br

Publicado por Edmilson Rodrigues em Terça-feira, 3 de setembro de 2019