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“Banqueiro reclamar do governo Dilma é ingratidão”, diz Edmilson Rodrigues ao Presidente do Banco Central

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Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

O deputado ainda cobrou a nomeação de concursados da instituição

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, esteve hoje (26/05) na Câmara Federal. O presidente falou em audiência pública realizada pelas comissões de Finanças e Tributação e de Mista de Orçamento. Edmilson Rodrigues (PSOL/PA) criticou como os banqueiros lucram no Brasil enquanto os pobres e trabalhadores são quem pagam as contas do ajuste fiscal. O deputado propôs aumento da contribuição financeira sobre lucro líquido, mas acredita que é um passo ainda muito tímido.

“Os bancos tiveram oito bilhões de lucro líquido no ano passado. Em nenhum país isso ocorre. Os banqueiros reclamam do governo Dilma e Lula… eu tenho direito de reclamar. Os pescadores têm direito. As viúvas têm. Banqueiro reclamar é ingratidão”, afirmou o deputado se referindo à política dos governos que incentivam o enriquecimento de banqueiros.

O deputado ainda indicou outros caminhos que o governo poderia trilhar para que saísse da crise sem que houvesse recessão social. “Os ricos têm que pagar por essa crise. A nossa constituição determina auditoria de nossa dívida pública. Por que fazer essa crueldade contra viúvas e aposentados?”, questionou. Ele ainda indicou a necessidade de se taxar grandes fortunas.

Concursados Banco Central

Edmilson ainda cobrou que o presidente nomeasse os concursados do Banco Central. O deputado já havia feito a cobrança, em tribuna, no mês de março. A regional de Belém já chegou a contar com 120 servidores, mas hoje atua com seu menor quadro desde 1975: são 59 servidores para atender a maior área territorial do Brasil, sendo que 20 deles estão aptos para aposentadoria.

Para dar conta dessa demanda, já foi realizado um concurso em 2013 com 1.040 aprovados. Ocorre que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão autorizou a nomeação de apenas 250 dos 500 concursados, correspondente ao número de vagas ofertadas no concurso, além dos 230 do cadastro de reserva. Destes, 250 a serem distribuídos por nove regionais e a sede, em Brasília. Apenas cinco serão lotados no Pará.

“Não dá para reclamar de pedaladas e inviabilizar ação da autoridade monetária e reguladora do sistema. Sem funcionários qualificados e concursados não se exerce autoridade, nem se consegue trabalhar para um sistema tão complexo e abrangente. Reforço a necessidade urgente de chamar os concursados”, cobrou.