A grave situação da educação paraense é conhecida por todos. Os indicadores oficiais apontam índices verdadeiramente vergonhosos. Nesse cenário, a luta pela dignidade e educação de qualidade move a comunidade da Terra Firme, em Belém. Em 2012 a Escola Estadual Celso Malcher completou mais um ano de existência em meio a profundas dificuldades.
São 800 alunos que recebem o ensino fundamental e médio em um precário prédio alugado graças a intervenção pela igreja São Domingos de Gusmão. Contrato que, aliás, está em fase final, e não há possibilidade de ser renovado por parte da igreja. No horizonte imediato está a consolidação de um verdadeiro caos que afetará centenas de famílias daquele populoso bairro da capital.
A educação precisa ser tratada como prioridade de Estado. É um dever constitucional inarredável e não pode continuar a ser tratado através de manobras midiáticas. A realidade nua e crua sentida pelo povo paraense exige que pautemos nesta casa o enfrentamento do caótico quadro educacional que prevalece na capital e no interior do Pará.
Enquanto estamos aqui hoje, na praça Olavo Bilac, na Terra Firme, alunos, professores e famílias se reunirão em ato público com objetivo de sensibilizar o governo do Estado para a necessidade de uma alternativa para o não fechamento do colégio.
Diante do exposto, apresento, na forma regimental, MOÇÃO DE SOLIDARIEDADE à população do bairro da Terra Firme, em Belém, que luta por melhores condições de educação na Escola Estadual Celso Malcher, ameaçada de fechamento por falta de espaço físico adequado a seu funcionamento.
Que seja dada ciência desta MOÇÃO à Secretaria de Estado de Educação Pública (Seduc), ao Movimento em Defesa da Escola Estadual Celso Malcher, ao padre Bruno Sechi, pároco da Terra Firme, ao Ministério Público Estadual (MPE), ao Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Educação Pública do Pará (Sintepp) e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PA).
Palácio Cabanagem, 28 de novembro de 2012.
Deputado Edmilson Rodrigues
Líder do PSOL
