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CPI da Pró-Saúde já tem 8 assinaturas

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) para investigar os contratos do governo do Pará com a Pró-Saúde, já conta com nove assinaturas dentre as 14 necessárias para ser instalada na Assembleia Legislativa do Pará. Nesta quarta-feira, 12, sete deputados da bancada do PMDB assinaram o requerimento ao lado do autor.

A denúncia de redução do atendimento em diversos serviços no Hospital Regional de Santarém, no Baixo Amazonas, apesar do contrato ter sofrido um aditivo de R$ 64 para R$ 80 milhões, em 2011, motivaram a proposição da CPI. Edmilson quer que sejas investigados também os serviços prestados pela organização na administração dos hospitais regionais Metropolitano, em Ananindeua, de Marabá e de Altamira.

Assinaram a CPI ontem, os deputados Martinho Carmona, Parsifal Pontes, Simone Morgado, Josefina Carmo, Nilma Lima, Chicão e Antônio Rocha, todos do PMDB. Edmilson está dialogando com outros partidos para obter mais assinaturas.

Conforme o dossiê elaborado por funcionários do Hospital Regional de Santarém e repassado a Edmilson, vários procedimentos foram reduzidos naquela unidade. Dentro dos Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico, as análises clínicas passaram de 447 mil procedimentos no ano de 2009 para 240 mil em 2011; a patologia clínica passou de 10.134 para 1.800, no mesmo período; o raio x de 14.899 para 10.800; a tomografia de 9.654 para 6 mil; a mamografia de 4.470 para 3 mil; a endoscopia de 4.470 para 2.400; a densitometria óssea de 4.470 para 600, entre outros.

“É necessário que o dinheiro público seja bem aplicado para que vidas sejam salvas. A Pró-Saúde atua em outros estados, inclusive, responde a processo em Palmas, no Tocantins. A CPI é necessária para analisar os fatos relatados no dossiê. Vamos convidar o Ministério Público do Estado e outras instituições. Se as irregularidades forem confirmadas, os responsáveis deverão ser submetidos aos rigores da lei”, defendeu o autor da CPI.

Edmilson destacou que o Ministério da Saúde investiu na aquisição de equipamentos para que o Hospital Regional de Santarém possa realizar exames, porém, os aparelhos não foram postos em funcionamento para que a Pró-Saúde continue realizando os exames dos pacientes de Santarém na sede da empresa, em São Paulo. Edmilson apontou que, dependendo da doença, a demora no resultado do exame pode significar o aumento do risco de morte para pacientes.