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Edmilson critica laudo de vistoria do shopping popular

O deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) fez duras críticas ao Corpo de Bombeiros do Estado do Pará, durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Pará, nesta terça-feira, 16. Após reiterados ofícios do parlamentar pedindo o laudo da vistoria feita no antigo prédio da Rua João Alfredo para o qual a Prefeitura de Belém quer remanejar 140 ambulantes, no próximo dia 22, no entanto, a corporação enviou o laudo de vistoria que aponta falhas importantes num “prédio anexo” com acesso pela Tv Campos Sales, que seria o mesmo imóvel que abrigará o futuro shopping popular.

“Recebi do Comandante Geral do Corpo de Bombeiros, Coronel João Hilberto Sousa de Figueiredo, o Parecer de Vistoria Técnica de nº 09/2013, assinado pelo chefe da Seção de Vistoria, Capitão Marcelo Nogueira, e do vistoriador Anderson Braga. O documento aponta que o imóvel está abandonado, sem manutenção nas redes hidráulica e elétrica, possibilita o acesso de estranhos, há risco de queda em três pontos do imóvel, incluindo o fosso do elevador, e falta acabamento. Os Bombeiros recomendam lacrar imediatamente o imóvel”, disse ao ler o documento na tribuna da Alepa.

“Mas (o Corpo de Bombeiros) está brincando, age como se fossem imóveis diferentes. É o mesmo prédio com acesso pela João Alfredo e pela Campos Sales. Não se pode dizer que esse parecer não tem nada a ver com o shopping popular. A Assembleia não é obrigada a aceitar qualquer parecer. É um documento inconsistente”, criticou o deputado. Os bombeiros alegam que não tiveram acesso ao prédio do shopping popular, o que não é uma explicação aceitável, conforme o deputado.

Edmilson visitou o local no mês passado e verificou que apenas dois do total de sete andares do prédio foram reformados, enquanto os demais permanecem abandonados, sem proteção nas janelas que impeça a entrada da chuva e de aves. O imóvel é tomado de infiltrações e fezes de pombos, ratos e urubus, sem falar nos animais mortos. O psolista destacou que o imóvel não possui saída de emergência, que o forro da parte reformada desabou e que o prédio corre o risco de sobrecarga elétrica. “Há risco de incêndio, mas o local também representa uma agressão à saúde pública.”

Ainda, o Edmilson criticou, da tribuna, o secretário municipal de Economia (Secon), que “faz vista grossa à necessidade de sobrevivência de importante parcela da população”, a qual é representada pelos vendedores ambulantes. “Qualquer gestor deve se preocupar não apenas com o embelezamento paisagístico da cidade, mas também com as questões sociais. “Não se pode fechar os olhos ao direito ao trabalho”, completou.