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Edmilson critica projeto da Usina Hidrelétrica Marabá

A construção da Hidrelétrica Marabá foi tema de debates em sessão especial da Assembleia Legislativa do Pará, nesta quinta-feira, 12. “Mais uma hidrelétrica é necessária? O Pará consome 0,2% da demanda de energia, sem contar o volume gasto com a produção do alumínio. Não verticalizamos nada. Várias empresas transnacionais estão por trás disso. A Região Metropolitana consome menos do que a Albrás. Só exportamos energia. O Brasil é energizado pelo Pará.Esse modelo é uma desgraça”, criticou o deputado estadual Edmilson Rodrigues(PSOL).

O psolista apontou que o projeto vai alagar 3% de terras indígenas, 26% de São João do Araguaia e várias vilas de municípios da região, inclusive, alguns com expectativa de tornarem-se municípios. “Inventam um projeto desse quando a população do Sudeste do Pará pressiona pela derrocagem do Pedral do Lourenço. Querem inviabilizar a Hidrovia Araguaia”, destacou.

Edmilson lembrou da construção da usina de Tucuruí, cujo lago de contenção atingiu as terras de várias etnias indígenas, expulsando-os os povos, e também está contribuindo para o desaparecimento de castanhais da região, além de não ter levado energia a nenhuma das 1.226 ilhas criadas com a barragem. “Está aí o exemplo de Altamira. Impuseram Belo Monte, descumprindo a legislação e prometendo criar 20 mil empregos. Em dois anos, a população passou de 90 mil para 180 mil e hoje são 100 mil desempregados.”

Também participaram vários vereadores da região, sindicalistas e os prefeitos de Marabá, João Salame; de São Domingos do Araguaia, Pedro Patrício de Medeiros; de São João do Araguaia, João Neto Martins; e de Piçarra, Wagner Machado. Todos fizeram coro contra a construção da hidrelétrica.