O deputado Edmilson Rodrigues concedeu entrevista agora a pouco ao programa Brasil Urgente, do canal RBA, sobre a situação precária em que se encontram as escolas no estado do Pará. Na sessão da Alepa de hoje (4), Edmilson pediu providências urgentes para que medidas de segurança sejam cumpridas nas escolas. Segundo relatoria da Comissão Técnica do Corpo de Bombeiros, nenhuma das 96 escolas vistoriadas cumprem plenamente com tais medidas.
“Tanto a Secretaria de Administração, com o departamento de patrimônio, quanto o Corpo de Bombeiros, investigaram a situação das escolas e em todas as 96 nenhuma delas sequer possuem um extintor, várias delas com arquitetura ainda antiga não possibilitam a fuga no momento de uma catástrofe ou de um incêndio. Se estuda-se numa escola, por exemplo, como Pedro Amazonas Pedroso, com 4000, 5000 alunos, é a desgraça que está sendo pautada caso ocorra um incêndio.
O relatório que eu tenho, assinado pela Secretaria de Administração e pelo Corpo de Bombeiros, portanto, não foi a oposição quem fez, mostra que faltam nas escolas um plano de fuga, além de não possuir uma estrutura arquitetônica para viabilizar uma fuga numa situação de pânico. E grande parte das escolas está com problema na fiação elétrica. Esta situação é de praticamente todas as grandes escolas. Por exemplo, Álvaro Adolfo, em Santarém, aqui em Belém, Paulino de Brito, Augusto Meira, Pedro Amazonas Pedroso, Sousa Franco. Mesmo a Deodoro de Mendonça, que acaba de sofrer uma reforma, não tem um extintor. Foi feita um nova pintura, mas não foi adequado para uma situação de emergência.
Este relatório estava escondido, e eu tive acesso. Como é muito sério, decidi pedir como membro da Comissão de Educação, uma decisão do governo imediata mas também provocar o Ministério Público e exigir a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta.
Porque é uma mixaria frente aos gastos que o governo tem feito com viagens para a França, para fazer turismo com dinheiro público, com uma delegação enorme para um evento de 40 minutos e que acabam ficando uma semana, então, por que não se pega esse dinheiro para comprar extintores que poderiam minimizar o problema até se poder fazer mudanças infra-estruturais.
A sociedade precisa saber que seus filhos correm perigo e o estado tem que agir de forma muito rápida para evitar uma catástrofe.”
