edmilsonPSOL

Cópia de image00034

Edmilson participa da negociação dos professores com o Estado

O deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) participou nesta segunda-feira, 30, do ato público dos educadores em greve, que culminou com uma passeata da Praça do Operário até a sede da Secretaria de Estado de Administração (Sead), onde houve uma reunião com o governo do Estado. Edmilson, que foi fundador e primeiro presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), participou da mesa de negociação junto com lideranças do Sintepp. A greve dos servidores da rede estadual de ensino iniciou há oito dias. Na reunião, a secretária estadual de Administração, Alice Viana, e o secretário especial de Promoção Social, Alex Fiúza de Mello, sinalizaram a possibilidade de pagamento parcelado da dívida de R$ 72 milhões relativa ao retroativo do cumprimento da Lei Nacional do Piso do Magistério, no período de 2008 a 2011.

Outras propostas anunciadas pelo governo, mas que ainda não formalizadas, foram a elaboração de calendários para a reforma das escoals e também a eleição direta para as diretoria das escolas no ano que vem. Ainda, a possibilidade de constituir uma comissão para tratar da inclusão dos demais servidores da rede estadual de ensino no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), em vigor desde 2010. Entretanto, o governo recuou na possibilidade de pagamento da gratificação de 1/3 relativo à hora-atividade, período em que os professores trabalham fora da sala de aula, planejando e corrigindo atividades escolares. Na reunião, a Sead atendeu quatro dos cinco itens da pauta mínima dos trabalhadores. Ao todo, a pauta do Sintepp traz 12 reivindicações.

Edmilson Rodrigues durante ato dos trabalhadores da educação 300913 (2)

“A luta dos trabalhadores da educação é uma luta importante, na qual outras categorias de trabalhadores se espelham. Se o governo for inteligente fará concessões, pois sabe que perderá na Justiça, conseguindo, não mais do que mera procrastinação”, destacou Edmilson, em pronunciamento aos grevistas, na concentração da passeata. Ele referiu-se à possibilidade de vitória do Sintepp no recurso à decisão da juíza Rosana Bastos, que tentou evitar a paralisação dos servidores ao declarar a abusividade da greve no dia 20, antes da greve ter iniciado. “O Sintepp é o maior sindicato da Amazônia e um dos maiores do país. O governo tem que entender que ou ele concede ou ele concede (o atendimento às reivindicações trabalhistas)”, declarou.

Em seguida, os trabalhadores seguiram até a Sead, interditando completamente uma das pistas da Avenida Almirante Barroso, no sentido São Brás/Entroncamento. Em frente à secretaria, oito militares da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam), fortemente armados, guardavam os portões do órgão. Somente Edmilson e a comissão do sindicato entraram para participar da mesa de negociação, enquanto os professores permaneceram do lado de fora, manifestando-se com a ajuda de um pequeno trio elétrico. O ato contou com o apoio de estudantes, que denunciaram o abandono em várias escolas da rede estadual, além de outros segmentos sociais.

Policiais – Em frente à Sead, Edmilson pediu a solidariedade dos grevistas à causa de 233 candidatos que foram aprovados no concurso da Polícia Militar, realizado no ano passado. Apesar de terem sido considerados aptos em todas as provas, os concursados reclamaram não terem sido chamados ainda. “Os governos dos outros estados abriram o precedente de convocar os excedentes dos concursos, enquanto o governo do Pará fala em fazer outro concurso público”, reclamou um dos candidatos, Sandro Santos.