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Edmilson Rodrigues relaciona câncer ao uso intensivo de agrotóxicos no dia internacional de combate à doença

Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados
Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados

O câncer é uma doença que avança de forma alarmante em nosso país. Somente para o ano passado, de acordo com dados do Instituto de Combate ao Câncer, eram estimados 57 mil novos casos de câncer de mama, 68 mil de próstata, 15 mil de cólon e reto e 16 mil de pulmão. O deputado Edmilson Rodrigues relacionou esses números à qualidade de vida de nossos cidadãos e, sobretudo, ao desmedido uso de agrotóxicos. Em tribuna nesta quarta-feira (8/4), comentou.

“O intenso uso desses produtos fez de nossa nação, em 2008, o maior consumidor desses produtos no mundo. Em 2011 alcançamos o valor recorde de vendas de U$ 8,5 bilhões.” Ele ainda relacionou esse recorde aos transgênicos. “É importante destacar que a liberação do uso de sementes transgênicas no Brasil foi uma das responsáveis por colocar o país no primeiro lugar do ranking de consumo de agrotóxicos, uma vez que o cultivo dessas sementes geneticamente modificadas exige o uso de grandes quantidades destes produtos”, comentou.

Em pronunciamento, o deputado indicou que a o modelo de cultivo com o intensivo uso de agrotóxicos intoxicações agudas afetam, as pessoas expostas em seu ambiente de trabalho, mas também toda a população com as intoxicações crônicas. Os efeitos desse contato, nos alimentos e ambiente podem aparecer muito tempo após a exposição, dificultando a correlação com o agente. O câncer é um desses efeitos, de acordo com o Instituto de Combate ao Câncer.

De acordo com o documento, os últimos resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (PARA) da Anvisa revelaram amostras com resíduos de agrotóxicos em quantidades acima do limite máximo permitido e com a presença de substâncias químicas não autorizadas para o alimento pesquisado. Além disso, também constataram a existência de agrotóxicos em processo de banimento pela Anvisa ou que nunca tiveram registro no Brasil.

Depois de indicar essas críticas, o deputado apresentou propostas. “Não podemos aceitar que o país continue a conceder isenção de impostos à indústria produtora de agrotóxicos. Devemos, ainda, incentivar e apoiar a produção de base agroecológica que otimiza a integração entre capacidade produtiva, uso e conservação da biodiversidade e dos demais recursos naturais essenciais à vida”, sugeriu.