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Ministro admite: Universidades rejeitam adesão ao programa do MEC

Mesmo com cortes profundos em seus orçamentos, ameaças e chantagens, a ampla maioria das Universidades públicas do país apontam rejeição ao “Future-se”, programa de privatização e destruição das Universidades, uma das apostas do governo Jair Bolsonaro na área da Educação. O programa de submissão dos interesses sociais aos interesses do mercado, deve atrair somente um quarto das 68 universidades federais. A projeção foi feita ao jornal O Estado de S. Paulo pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub.

O programa de submissão dos interesses sociais aos interesses do mercado, deve atrair somente um quarto das 68 universidades federais.

O Ministro não revelou quais instituições já sinalizaram ao Ministério da Educação (MEC) que apoiarão a iniciativa. Se a previsão se concretizar à risca, apenas 17 universidades podem aderir. A maioria das instituições, no entanto, já indicaram que não concordam com a proposta tal como ela foi apresentada. Entre elas estão as federais do Rio (UFRJ), do Ceará (UFC), de Roraima (UFRR) e de Minas (UFMG). Elas argumentam que o projeto não é claro, fere a autonomia universitária e representa a submissão das unidades à lógica do mercado, entre outras críticas.

Diante da repercussão, o MEC decidiu prorrogar em duas semanas a fase de consulta pública, que se encerraria no dia 15 de agosto. Segundo o secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Lima Junior, o adiamento foi feito a pedido dos reitores das universidades federais de São Carlos, Mato Grosso do Sul, de Lavras, do Oeste do Pará e do presidente do Sebrae. O texto ainda pode sofrer alterações antes de ser enviado ao Congresso Nacional, de acordo com a pasta.

Com informações do Estadão