“Não há possibilidade de melhorar esse projeto de Reforma da Previdência porque o problema é de raiz”, denunciou o deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) nesta terça-feira, 18, na Comissão Especial de Reforma da Previdência da Câmara dos Deputados. Na primeira reunião de debates sobre o parecer do relator Samuel Moreira (PSDB-SP), muitos parlamentares escolheram relativizar o texto sobre a Reforma da Previdência apresentado. Já o deputado Edmilson discursou indignado sobre a medida da qual chamou de “catástrofe legalizada”.
“A sociedade é chamada, todos têm que dar a sua cota de sacrifício, mas os ricos não são chamados a dar a sua cota de sacrifício para a Reforma da Previdência. A essência perversa dessa reforma permanece. Será que é muito alguém que recebe apenas R$1,500,00 ter que perder direitos, como o PIS PASEP, por exemplo? Isso é criminoso!”, indignou-se o deputado, que também contestou sobre os benefícios fiscais das maiores petroleiras do mundo que não estão sendo questionados.
Como professor universitário, o deputado Edmilson também mostrou as facetas cruéis que a proposta de Reforma da Previdência trará para os educadores do país. “Obrigar um professor que muitas vezes dá até 15 aulas num único dia, e que nem recebem o piso salarial porque não é cumprido, a morrer trabalhando é um absurdo. Professoras que educam crianças têm um trabalho extenuante! Será que não se consideram as consequências das barbáries dessa reforma na vida das trabalhadoras e trabalhadores?”, indagou.
O parlamentar do PSOL, finalizou reafirmando que não será conivente com nenhuma reforma que destrua os diretos dos trabalhadores do país. “O governo não vai contar com o meu voto para aprovar essa reforma. Nenhum professor, nenhum idoso, nenhum pobre desse país, nenhum policial civil ou militar que arrisca a sua vida vai dizer: o deputado Edmilson votou para destruir o meu direito a aposentadoria. Essa perspectiva fascista que destrói a soberania do nosso povo e coloca diante de nós essa proposta que não tem eficácia alguma na solução de emprego e renda. E só torna a vida de quem vive do trabalho mais difícil”, concluiu.
