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Rede de tráfico humano é descoberta próximo à Belo Monte

O Conselho Tutelar de Altamira, no sudoeste do Pará, denunciou a existência de uma rede de tráfico humano no município. De acordo com a conselheira Lucenilda Lima, pelo menos 12 jovens eram forçadas a se prostituir em uma boate localizada próximo ao sítio Pimental, um dos canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. As mulheres eram trazidas de Santa Catarina com a promessa de ganharem R$ 14 mil por semana e eram levadas para essa boate em Altamira, onde eram mantidas em cárcere privado e vigiadas por capangas armados, situação análoga a de escravidão.

Quatro jovens e uma adolescente de 16 anos foram resgatadas pelas polícias Civil e Militar na noite desta quarta-feira (13). Dois funcionários da boate, o gerente e o capataz, foram presos em flagrante. A polícia apreendeu um caderno que serviria para reigstrar as dívidas das aliciadas, que já chegavam na cidade devendo R$3 mil reais da passagem aérea. O proprietário do estabelecimento e a esposa conseguiram fugir.

O deputado estadual Edmilson Rodrigues é membro da Comissão Parlamentar de Inquérito do Tráfico Humano no Pará e pedirá o aprofundamento das investigações sobre estes casos na região de Altamira. Depois da instalação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, os casos de exploração sexual de mulheres, inclusive infanto-juvenis, tem aumentado na região, fato que já vem sendo denunciado por várias movimentos de direitos humanos.