Senhor Presidente,
Senhoras Deputadas,
Senhores Deputados:
Os docentes da Universidade do Estado do Pará (Uepa) iniciaram nesta segunda-feira (6) uma greve que já atinge 13 campi desta instituição. O movimento, que se intitula S.O.S. UEPA, reclama das péssimas condições de trabalho e ensino e do corte de 89% do orçamento sofrido nos últimos quatro anos, o que tem inviabilizado a manutenção da Universidade e impedido sua qualidade.
As instalações encontram-se precarizadas, os laboratórios estão com aparelhos quebrados ou com materiais vencidos e as bibliotecas com acervo desatualizado. Os docentes também reclamam da falta de pagamento de editais de extensão, do restrito número de bolsas de pesquisa e extensão na instituição, e da estrutura precária de alguns prédios que encontram-se ameaçados de desabamento. No interior, o drama vivido nos campi é ainda maior.
No final do mês de março, os estudantes que sofrem diretamente com esta situação caótica também realizaram manifestações em diversos campi do Pará, o que já mereceu a minha irrestrita solidariedade.
Na última quarta-feira (8), docentes e estudantes da UEPA se uniram aos demais trabalhadores em educação da rede pública do Estado, também em greve, para reivindicar a abertura de diálogo por parte do governador Simão Jatene (PSDB).
A unidade da mobilização dos trabalhadores em educação no Pará demonstra que o descaso e o desrespeito com que a educação pública paraense é tratada. Essa é a opção política tucana no Estado.
Neste sentido, registro dessa tribuna meu firme apoio e solidariedade aos docentes da Universidade do Estado do Pará (UEPA) que reivindicam o justo para garantir uma educação pública de qualidade para o nosso povo.
Edmilson Rodrigues
Deputado Federal PSOL/PA
