O presidente da Assembleia Legislativa do Pará, deputado Márcio Miranda (DEM), publicou ontem a composição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai apurar a ação de grupos de extermínio no estado. O autor da CPI é o deputado Edmilson Rodrigues (PSOL), membro nato da comissão.
Por receito que os militantes d movimentos sociais voltassem à Assembleia para pressionar pela instalação da CPI, a porta de vidro que dá acesso da galeria de visitantes ao plenário, foi fechada com corrente e cadeado. A segurança também foi reforçada no prédio pelos policiais militares do efetivo lotado na Alepa. Na semana passada, um manifestante invadiu o plenário para protestar.
Os membros titulares da CPI são: Edmilson, Carlos Bordalo (PT), Chicão (PMDB), Fernando Coimbra (PSD) e Tetê Santos (PSDB). Já os membros suplentes são: Airton Faleiro (PT), Nilma Lima (PMDB), Augusto Pantoja (PPS), Zé Francisco (PMN) e Hilton Aguiar (SDD).
Na tribuna, Edmilson agradeceu o presidente por ele ter cumprido o papel de instalar a CPI. “Agora, cabe aos membros da comissão reunirem para eleger o presidente e o relator e também definir a agenda de trabalho. O psolista propôs que os membros se reunissem no início da tarde, mas nem todos confirmaram presença. A expectativa é para que os trabalhos iniciem ainda esta semana.
Histórico- O requerimento da CPI foi protocolado no último dia 25, reunindo as assinaturas de 14 deputados, entre o autor e parlamentares das bancadas do PT e do PMDB.
A CPI foi motivada pela chacina realizada em bairros periféricos de Belém, na noite de quatro de novembro deste ano. Dez pessoas foram assassinadas como resposta à execução do cabo Antônio Figueiredo, da Polícia Militar. Suspeita-se qe as mortes foram realizadas por un grupo de extermínio que conta com a participação de militares. Um mês e meio após o crime, a Secretaria de Segurança Pública ainda não deu uma resposta à população sobre a identificação dos assassinos.
