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Presidente da Funai não dá previsões de publicação de relatório que reconhece a terra Munduruku Sawré Muybu

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A ameaça às terras e às vidas dos Munduruku segue. Em audiência com lideranças dessa etnia e deputado Edmilson Rodrigues (PSOL/PA) nesta quarta-feira (13/4) o presidente da FUNAI, João Paulo Gonçalves, não deu sinal de previsão de publicação do relatório que reconhece a terra Sawré Muybu como indígena. A terra é ameaçada de ser inundada com possível construção de usinas. A audiência foi realizada a pedido do deputado paraense que participou do encontro ao lado dos Munduruku Jairo e Adalto.

A terra ancestral deste povo nunca foi demarcado. A publicação deste relatório, atestando seu reconhecimento, colocaria impedimentos para construção do Complexo Hidrelétrico Tapajós
O processo de demarcação só pode ter início quando esse relatório for publicado no Diário Oficial da União. Apesar do relatório, favorável à demarcação, já ser de conhecimento público, de nada ele serve sem a publicação. Edmilson e os Munduruku cobraram celeridade a essa publicação. Contudo, o presidente da Funai indicou buscar consenso de posições entre os Ministérios do Meio Ambiente, de Minas e Energias e Funai antes de proceder com a oficialização.

Prevista para ser construída no rio Tapajós, esta usina será a maior prevista para a Amazônia depois de Belo Monte, no Xingu. Se construída, irá alagar 376 km² de floresta em uma região classificada por especialistas como de biodiversidade excepcional até para padrões amazônicos. Para o deputado Edmilson Rodrigues, é inadmissível que se repita e agrave os erros cometidos com Belo Monte, que trouxe inúmero e extensos danos sociais e ambientais. As lideranças Jairo e Adalto Munduruku expressaram sua decepção com a reunião, sem perder as esperanças, contudo. “A gente vai continuar tentando. Vamos insistir até ver essa publicação”, comentou Adalto.

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