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Câmara prova MP que regulamenta prazos da lei Aldir Blanc. É urgente que esses recursos sejam liberados, diz Edmilson

O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, nesta quarta-feira (29), mudanças propostas pelo Senado à Medida Provisória 986/20, que prevê prazo para Estados e o Distrito Federal devolverem à União recursos não usados de repasses vinculados à Lei Aldir Blanc, de ajuda ao setor cultural. A matéria será enviada à sanção presidencial na forma do texto aprovado pela Câmara no último dia 20.

Para o deputado Edmilson Rodrigues (PSOL-PA), autor do projeto de Auxílio Emergencial ao setor cultural, juntamente com outros parlamentares da Câmara. “Homenageamos um gênio brasileiro e criamos as condições para dar um auxílio a pequenas empresas da área cultural e aos artistas e demais profissionais que tem baixa renda e sofrem muito por conta do fechamento de bares e casas de shows. Mas está demorando muito. Por isso, rejeitamos as modificações vindas do Senado para não ampliar ainda mais esse tempo de liberação dos recursos. A data para que os recursos cheguem aos estados e municípios é dia 6 de agosto.

A liberação do dinheiro já foi autorizada pela Medida Provisória 990/20, de 9 de julho, que abre crédito extraordinário de R$ 3 bilhões com recursos da emissão de títulos públicos. O repasse a estados, DF e municípios depende de regulamento.

A Lei Aldir Blanc prevê prazo máximo de 60 dias para os municípios darem destinação aos recursos; caso contrário, os valores serão automaticamente revertidos ao fundo estadual de cultura ou à entidade estadual responsável pela gestão desses recursos. Entretanto, não havia prazo para os estados e o DF usarem os recursos.

Assim, a MP fixa o prazo em 120 dias, contados da data do repasse, para que os estados utilizem os recursos ou façam a vinculação a programação publicada. O regulamento definirá a forma e o prazo para devolução ao governo federal.

Auxílio emergencial
Segundo a lei, o montante será repassado a governadores e prefeitos para o pagamento de três parcelas de auxílio emergencial, no valor de R$ 600, a trabalhadores informais da cultura que não tenham recebido o auxílio geral.

O dinheiro servirá ainda para conceder subsídios e financiar a manutenção de empresas e de espaços artísticos e culturais impactados pela pandemia de Covid-19, além de incentivar a produção cultural local, com a realização de cursos, editais para eventos e pagamento de prêmios.

Metade do valor (R$ 1,5 bilhão) ficará com os estados e com o Distrito Federal, sendo 80% distribuídos de acordo com a população e 20% conforme critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE). A outra metade ficará com o DF e com os municípios: 80% distribuídos segundo critérios populacionais e o restante (20%) nos moldes do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Limite
O texto da MP 986 deixa claro ainda que a aplicação nas finalidades previstas na lei será limitada aos R$ 3 bilhões liberados pela União, exceto se municípios, estados e Distrito Federal quiserem complementá-los com recursos próprios.

Fonte: Agência Câmara de Notícias