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CPI da Petrobras: PSOL quer ouvir Dario Galvão, o “efetivo mandante” de propinas

Foto: Lucio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados
Foto: Lucio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados

O PSOL foi o único partido que apresentou, na CPI da Petrobras, requerimento de convocação do empresário Dario de Queiroz Galvão Filho, preso pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (27), a quem a força tarefa da Operação Lava Jato atribui “posição de maior responsabilidade em relação aos crimes de lavagem de dinheiro e pagamento de propinas a dirigentes da Petrobras”.

A prisão de Dario Galvão, bem como o decisão do juiz Sergio Moro sobre a atuação do empresário no esquema de corrupção da estatal, mostra o quão acertado é o pedido de convocação feito pelo PSOL. “Dario Galvão não só tinha conhecimento das propinas, mas era o efetivo mandante de suas realizações”, ressaltou Sergio Moro.

Dario Galvão é acionista e membro do Conselho Administrativo do Grupo Galvão, proprietário e controlador indireto da Galvão Engenharia, uma das 16 empreiteiras que formaram cartel para assumir o controle de contratos bilionários da Petrobras.

A ordem judicial destaca que o acusado e a empreiteira Galvão Engenharia apresentaram documentos “aparentemente fraudulentos” no inquérito policial. Os documentos apontam suposta extorsão contra a Galvão Engenharia por parte do engenheiro Shinko Nakandakari que, para não ser preso, fez delação premiada e revelou os movimentos da cúpula da empreiteira no esquema.

Além do relato de delação premiada de Shinko Nakandakari, lobista que agia pela Galvão Engenharia, um dos pontos principais da acusação contra Dario Galvão é a interceptação de e-mails dele com a cúpula da Galvão, que comprova que o empresário tinha conhecimento dos pagamentos ilícitos.

Em acordo fechado entre alguns integrantes da CPI – sem o aval do PSOL – somente determinados requerimentos foram aprovados. Contudo, o requerimento do PSOL que convoca Dario Galvão, apresentado logo nas primeiras sessões, ainda não foi analisado pela Comissão. Uma manobra feita pelos parlamentares que querem blindar seus aliados políticos e empreiteiros investigados no esquema de desvios da estatal.