O deputado estadual Edmilson Rodrigues voltou a criticar a escalada da violência que afeta a população paraense, durante a sessão desta terça-feira, 3, na Assembleia Legislativa do Pará. Ele defendeu a necessidade de políticas sociais para evitar a cooptação da juventude pobre pelo crime organizado, a valorização dos policiais civis em greve há oito dias e que o Estado recorra às forças federais para o reforço da segurança no Estado. “O delegado-geral de Polícia Civil (Rilmar Firmino) foi baleado. Deputados, magistrados e até autoridades do alto escalão da segurança pública são vítimas da violência. Nem o Centro Integrado de Governo (CIG) escapou de ser assaltado”, destacou;
Edmilson sugeriu que o Estado dê garantias de que não irá retaliar os policiais no pós-greve com as remoções de lotação. “É difícil fazer greve na polícia, pois há a tradição da remoção compulsória”, disse.
“Na semana passada, participei da reunião de negociação entre o Sindpol (Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado) e os secretários de Segurança Pública e Administração, Luís Fernandes Rocha e Alice Viana, além do delegado-geral Rilmar Firmino. Infelizmente, o encontro não contribuiu para a saída da greve. O Estado não garante a gratificação de nível superior (80%) para os motoristas que entraram no quadro com a exigência de nível fundamental, sem falar que é um quadro em extinção. Mas é possível conceder uma gratificação alternativa, já que, muitas vezes, eles desempenham a função de investigadores, o que foi reconhecido pelos secretários.”
Segundo ele, 120 policiais conseguiram a gratificação na justiça, enquanto outros 300 ainda não têm. “Também é necessário garantir uma bolsa de incentivo para aqueles que ainda não têm o nível superior”, recomendou.
