O deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL) compareceu ao ato alusivo ao Dia de Luta das Mulheres, neste 8 de Março, em Belém. Ele ressaltou a importância da população feminina ir às ruas pressionar pelo fim da exploração laboral e da opressão social e destacou a necessidade de toda a sociedade, incluindo os homens, se envolverem na superação do machismo, do feminicídio e da violência em geral contra as mulheres.
“Em 2019, no Pará, 19 mil mulheres foram agredidas, isso, segundo os casos notificados. Milhares de mulheres sofrem todo tipo de violência física e psicológica, mas deixam de denunciar com medo de perder o marido, que pode vir a ser o futuro assassino dela”, observou. O crescimento da violência contra a mulher contrasta com a Lei Maria da Penha, reconhecida como uma políticas das mais avançadas do mundo para o enfrentamento desse tipo de crime.
O deputado paraense criticou a forma jocosa com que o presidente Jair Bolsonaro se refere às mulheres, em algumas ocasiões, em especial, aos jornalistas. “(Ele) brinca como se pudesse tirar riso de incentivo ao estupro, espancamento e assassinato. É muito triste ter no comando da máquina do Estado Brasileiro um presidente que se orgulha em ser um incentivador do crime”, ressaltou.
Ato por Marielle
Edmilson convidou os paraenses a aderirem à mobilização nacional que vai levar às ruas um grande ato alusivo aos dois anos do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, no próximo dia 14. “Os que mataram Marielle estão presos, mas quem são os integrantes da organização criminal que mandou matá-la? Quem mandou matar Marielle?”, questionou o psolista.
“Ela foi mãe, mulher, negra e favelada, mostrou a força da sua etnia e classe e transformou-se numa grande intelectual e vereadora das mais votadas do Rio. É necessário lutar pela memória de Marielle Franco porque ela é um dos mais importantes símbolos da resistência. A violência estrutural que existe no Brasil precisa ser combatida”, observou.
