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Edmilson pede respeito ao meio ambiente em plataforma de Inhangapi

Preocupado com os impactos ambientais gerados pelos grandes projetos implantados na Amazônia, o deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) pediu cautela na instalação da Plataforma Logística do Guamá (PLG), no Porto Pernambuco, em Inhangapi. O deputado ponderou sobre a necessidade de se ter, primeiramente, concluído os estudos de impacto ambiental e os projetos de esgoto, saneamento e sistema viário, para só depois iniciar os processos licitatórios. O pedido foi feito em seu pronunciamento durante a sessão especial realizada nesta quinta-feira, 22, para apresentar o projeto da PLG. A sessão foi realizada no auditório João Batista, na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), mas durante a apresentação foi mostrado que os projetos ambientais, de esgoto e saneamento, e de urbanização e sistema viário, ainda serão contratados e, por isso, não foram apresentados. O requerimento que solicitou a sessão é de autoria do deputado estadual Márcio Miranda (PSDB).

A apresentação do projeto foi feita por Haroldo Bezerra, da direção de gestão portuária da Companhia de Portos Hidroviários (CPH), que destacou que o empreendimento representará um investimento de mais de R$ 1 bilhão e que gerará mais de dez mil empregos. Ele destacou também que, com a implantação da PLG, em Inhangapi, a estimativa é de que cerca de 1.300 carretas deixem de circular em Belém porque o transporte das mercadorias passará a ser feito de forma hidroviária, vindo direto de Manaus (AM) para Belém, descongestionando o trânsito na capital. A PLG disponibilizará um total de 37 lotes para que as empresas possam ocupar o espaço logístico para a realização de seus negócios.

Ocorre que, ao mostrar o cronograma de implantação do projeto, foi destacado que a partir de janeiro de 2013 já será iniciado o processo de licitação para iniciar as obras já em março do mesmo ano. Mas, a pressa para a implantação da plataforma não está levando em consideração a análise dos impactos ambientais. No mesmo cronograma apresentado por Bezerra também consta que os estudos de impacto ambiental (EIA-RIMA), o projeto básico de rede de água e esgoto, assim como o projeto básico de urbanização, drenagem e sistema viário, ainda serão contratados.

Por essa razão, Edmilson pediu calma. “Sabemos que os empreendedores têm pressa e imprimem um ritmo forte de celeridade no poder público. Mas, é preciso ter calma e se ter primeiro todos os projetos ambientais concluídos e discutidos com todos os setores da sociedade, para depois sim, iniciar o processo de licitação e as obras, para que projetos como esse, que são importantes para o Estado, não gerem frustração como outros já geraram ao ficar parados”, destacou Edmilson, fazendo referência a projetos como o de porto Espadarte, que estão parados, por conta de pendências ainda não resolvidas.