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Edmilson requer que secretário dê explicações sobre contrato com Cachoeira

Edmilson Rodrigues na Alepa

O deputado estadual (PSOL) apresentou requerimento à Assembleia Legislativa do Pará, nesta terça-feira, 12, para que o secretário estadual de Segurança Pública, Luís Fernandes Rocha, compareça àquela Casa de Leis para dar explicações sobre a licitação de R$ 100 milhões, que teve como vencedora a empresa Cial Comércio e Indústria de Alimentos, do bicheiro Carlinhos Cachoeira. O contrato se destina ao fornecimento de alimentação ao Sistema Penal do Estado. O caso é alvo de investigação no Ministério Público do Estado e foi manchete do jornal Diário do Pará.

Na tribuna, Edmilson reproduziu trecho da matéria, assinada pelo jornalista Carlos Mendes: “Para vencer a licitação aberta pela secretaria de Segurança Pública, a empresa (Cial) teve que convencer os concorrentes a desistir de enfrentá-la, oferecendo ás que entrassem na disputa, pequenas fatias no fornecimento da alimentação. Ela garantia que, ao final, todo mundo iria se dar bem. Desde que, é claro, todos ficassem de boca fechada. Quem recusou entrar no esquema, foi bater nas portas da Justiça.” O MPE recebeu a gravação de uma reunião em que os representantes das empresas que concorriam na licitação, combinam quem iria ganhar e perder a concorrência e dividem lotes do serviço a ser contratado.

“Cem milhões de reais não é um contrato desprezível”, observou o psolista. Ele disse que está pedindo informações sobre as empresas de Cachoeira, por meio da CPI da Câmara Federal que apurou o escândalo envolvendo o bicheiro em contratações fraudulentas com o serviço público. O objetivo é conferir se a Cial está no rol de empresas pertencentes a Cachoeira ou usadas por ele em lobbys. Edmilson também lembrou que há muito tempo cobra explicações do governo do Estado sobre os contratos do governo do Estado com a Delta Construções, de Cachoeira, mas nunca obteve resposta: “O PSDB que criticava o aluguel de viaturas à Polícia Militar (da Delta), feitas pelo governo Ana Júlia, não só manteve os contratos como ampliou para R$ 17 milhões e depois fez nova licitação, ampliando em mais R$ 4 milhões, e estendeu para outros órgãos da Segurança Pública e também à Saúde”, destacou.

O líder do PSDB, deputado José Megale, em aparte, disse que nada impede o secretário de ir à Alepa prestar esclarecimentos, “até porque é obrigação dele”, destacou, observando que Fernandes é ordenador de despesas com recursos públicos. Megale prometeu que o pedido de Edmilson será atendido com agilidade e falou que a vinda do secretário será marcada conforme a disponibilidade na agenda dele.