O ministro da Fazenda, Joaquim Levy participou de audiência nesta tarde (29/4) para prestar esclarecimentos sobre as medidas provisórias que tratam de ajuste fiscal e que retiram direitos do trabalhador.
O deputado Edmilson Rodrigues (PSOL/PA), foi um dos poucos a criticar as medidas de ajustes do governo, elogiadas durante a audiência por parlamentares da oposição e da base. “Não é possível que a nação continue a ser submetida à pobreza e que o caminho continue a ser do ajuste fiscal, quando aprovamos um orçamento em que 47% da receita é para pagar juros e amortização da dívida”, criticou.
Questionado sobre as denúncias da Operação Zelotes, o ministro afirmou que todos os nomes apontados na Operação Zelotes, da Polícia Federal, responderão a processo administrativo disciplinar. A operação investiga um esquema de sonegação fiscal. A suspeita é de que as quadrilhas atuavam junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda. Contudo, para Edmilson, isso ainda é insuficiente. Ele propõe novas formas de se recuperar a economia. “Quer se economizar R$ 18 milhões, enquanto a Operação Zelotes já chegou a R$ 6 bilhões de prejuízo. Não é possível que não se faça auditoria e não se regule imposto sobre fortuna”, comentou.
O deputado ainda indicou outras formas mais justas do país ter a economia fortalecida. “Um dos eixos políticos apontados aqui é reverter as desonerações. Até acho que há setores que devem ser desonerados. Mas por que não se falou na lei Kandyr? Por que o Brasil tem de continuar a exportar matérias-prima e semielaborados sem deixar um centavo? É um absurdo que um taberneiro na periferia de Belém pague mais impostos do que a Vale ou grandes madeireiras”, criticou.
