O deputado Edmilson Rodrigues (PSOL/PA) esteve com o Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Adriano Pereira Júnior, na tarde desta quarta-feira (14/10). A pedido de Edmilson, o Secretário recebeu a bancada do Pará. Os parlamentares apresentaram o cenário emergencial que se encontra Barcarena devido ao naufrágio de um navio com cerca de cinco mil bois vivos no último dia 6/10 e solicitaram apoio da Defesa Civil.
O secretário afirmou à bancada que não tinha dimensão da tragédia. Contudo, ele afirmou que, para que a Defesa Civil Nacional possa atuar no município, é preciso que o governo estadual ou municipal faça essa solicitação formal. Assim, ficou acordado que os parlamentares dialogariam com estes governos para que haja reforço na solução para este desastre.
Edmilson indicou a prioridade de fazer chegar alimento e água à população. “Fomos muito bem recebidos pelo secretário. O objetivo foi conseguir uma ação imediata. Fiquei feliz em saber que a Secretaria tem condições de ajudar com água e alimentação. Espero que o governador do Estado não perca tempo: formalize o pedido de ajuda, para que ela chegue efetivamente”.
O deputado Edmilson também cobrou ações dos Ministérios da Saúde, Meio Ambiente, Defesa e da Secretaria de Portos. Foram protocolados ofícios nas sedes destes ministérios nesta quarta-feira.
O desastre implicou na morte de mais de 4.800 animais, cujas carcaças começam agora a chegar às praias da região. A maior parte dos corpos dos animais ainda se encontra submersa com o navio naufragado, juntamente com cerca de 600 mil litros de combustível.
Segundo o Laboratório de Química Analítica e Ambiental da Universidade Federal do Pará – UFPA, a decomposição dos corpos dos bovinos já contamina as águas da região, e deve chegar em pouco tempo na capital paraense, Belém. O risco de vazamento do óleo combustível também é grande, o que agravaria sobremaneira a situação já dramática de muitos moradores da região.
O abastecimento de água foi interrompido em diversas partes, e o mau cheiro já toma conta da orla do município. Boa parte do comércio está fechando as portas, e comunidades que dependem do rio para seu sustento já se encontram desabastecidas de alimentos e medicamentos.
