Cerca de 30 vendedores ambulantes do centro comercial foram às galerias da Assembleia Legislativa do Pará, nesta terça-feira,12, assistir ao segundo pronunciamento do deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) acerca da transferência de parte do segmento para um prédio deteriorado da Rua João Alfredo, imposta pela Prefeitura de Belém. Ele voltou a critica as condições do imóvel do antigo Banco Real, que oferece risco à segurança da população em geral. “O próprio ‘habite-se’, concedido pelo Corpo de Bombeiros para apenas dois andares do imóvel, atestando o ‘risco médio’, já deveria ser suficiente para que o processo fosse paralisado e novas negociações estabelecidas com os trabalhadores. Porém, causou estranheza que o secretário municipal de Economia, promotor licenciado Marco Aurélio Nascimento, tenha insistido na postura truculenta de intimidação da categoria de trabalhadores, tentando impor a ferro e fogo uma transferência claramente insensata e contrária ao interesse público”, criticou, da tribuna da Alepa.
Edmilson declarou que o teto do segundo piso do prédio de sete andares, caiu recentemente após uma forte chuva. Ainda, ele fez duras críticas ao secretário Marco Aurélio, que, durante uma reunião com os ambulantes, no Mercado de Carne, na última sexta-feira, 8, por impôr a transferência aos trabalhadores com a frase: “ou vai ou racha”. “O povo de Belém clama pela revitalização do centro comercial, que encontra-se em situação deplorável após oito anos de abandono. Porém, qualquer intervenção do poder público deve ser pautada no respeito ao direito ao trabalho das centenas de famílias que tiram seu sustento do difícil trabalho nas ruas, harmonizando essa atividade econômica com a vocação comercial que há séculos está presente na área histórica da capital paraense. Por isso, é inadmissível que a transferência dos ambulantes seja imposta, sem discussão com a categoria, numa tentativa autoritária de ordenamento que provocará desordem e caos social”, disse. Edmilson foi aplaudido pelos trabalhadores.
À tarde, Edmilson visitou o prédio junto com os demais deputados da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, conforme ele havia proposto na semana passada.
