Mensagem do prefeito Edmilson Rodrigues à Câmara Municipal de Belém em 01 de fevereiro de 2022
O ano de 2021 foi ainda de dificuldades impostas pela pandemia do coronavírus, agravadas por políticas econômicas e sociais contrárias a maioria dos interesses da população brasileira.
Mas não nos deixamos abater pelo cenário desfavorável e tomamos decisões para minorar a crise sanitária, o caos humanitário da extrema pobreza e melhorar as condições de vida de nossa população.
Um dos nossos primeiros desafios ao assumirmos o governo municipal, em janeiro de 2021, foi o enfrentamento à pandemia do coronavírus. Todos ainda devem lembrar das cenas mostradas pela imprensa nas unidades de saúde de Belém no ano de 2020: superlotação, colapso no atendimento e o desespero das pessoas que procuravam tratamento e encontravam as portas fechadas.
Decidimos pelo enfrentamento do problema e tratamos de colocar em prática ações que mitigaram os impactos da pandemia. A melhor defesa contra o vírus é a vacina e tratamos logo de incrementar a campanha “Belém Vacinada”.
A vacinação contra a Covid-19 iniciou no dia 19 de janeiro, com a aplicação da primeira dose nos profissionais da saúde da linha de frente do combate à pandemia, e se estendeu até o dia 12 de novembro, quando Belém encerrou a primeira etapa, totalizando a aplicação de 2,3 milhões de imunizantes, em primeira e segunda doses.
Mesmo com o início da vacinação, Belém começou a vivenciar ainda em março a segunda onda do aumento de casos da covid-19. Para enfrentar essa nova realidade, várias ações foram realizadas.
Ampliamos o número de novos leitos para o tratamento da doença, com destaque para o Hospital Cristo Redentor, inclusive, com a instalação de uma usina de oxigênio para atender a nova demanda.
Criamos em toda rede de saúde municipal 70 leitos clínicos e 32 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) específicos para o atendimento a covid na capital.
Também implantamos 16 estruturas de atendimento exclusivas para o tratamento da doença, com a instalação de 11 Clínicas de Campanha anexas às Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para casos leves a moderados da covid-19. E para casos mais graves, instalamos cinco tendas anexas às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) nos bairros do Jurunas, Terra-Firme, Sacramenta, Marambaia e Icoaraci.
Com o avanço da vacinação, a pandemia se estabilizou na capital e foi possível desmontar o serviço a partir do mês de julho.
Na primeira fase da campanha, montamos uma infraestrutura com 20 a 32 grandes pontos de vacinação distribuídos pelo município com a participação de mais de 1.000 pessoas, entre servidores e voluntários, permitindo vacinar por dia até 30 mil pessoas em cerca de 10 horas de trabalho. A partir de novembro de 2021, ampliamos para 52 salas de vacinação nas unidades de saúde e mais 05 em shoppings, universidades e hospitais.
Todo esse esforço resultou na diminuição em 98% das notificações de casos de Covid-19 entre janeiro (8.038 casos) e novembro (159 casos) e uma redução nos óbitos de 98% entre janeiro (191 óbitos) e novembro (04 óbitos) de 2021.
Além da vacinação contra a covid-19, reforçamos as vacinas do calendário da rede municipal de saúde, como da Influenza e a campanha da Multivacinação, com todas as metas batidas.
Belém está entre as 10 capitais brasileiras que mais vacinaram contra a covid-19 com as duas doses, atingindo 85,7% da população vacinável. Com a terceira dose, alcançamos mais de 13% da população total e 96.6% da população vacinável.
Em 2021, a Prefeitura entregou 20 unidades básicas de saúde completamente revitalizadas, como as localizadas em Belém e nas ilhas do Combu, Cotijuba e Mosqueiro. Em muitas delas, instalamos
geradores para garantia de fornecimento ininterrupto de energia elétrica.
Quanto a aplicação de recursos da Receita Própria do Município de Belém em Saúde, conforme Lei Complementar (LC) nº 141/2012, que determina o percentual mínimo de 15%, em 2021 nossa gestão aplicou 19,81% em ações no setor.
Foto: João Gomes/Agência Belém
